Da Redação |
O secretário de Segurança Pública (SSP-AM), coronel Vinicius Almeida, afirmou que o estado não irá “passar a mão na cabeça” de agentes públicos que cometam crimes, em referência à prisão de um delegado, policiais civis e militares no sábado, 23, em Manacapuru, pelo crime de extorsão mediante sequestro.
“Nós não iríamos, de maneira alguma, passar a mão na cabeça de quem comete qualquer tipo de deslize. Quem sai da linha tênue que é defender a sociedade em detrimento de se locupletar pelo crime não iriamos coadunar em nenhum momento com isso. Não vamos coadunar com nada de errado. Não é algo simples, não é uma ocorrência que nos causa orgulho, mas são os ossos do ofício”, disse o secretário.
A declaração foi dada em entrevista à imprensa na manhã desta segunda-feira, 25, sobre o caso. Além do secretário de Segurança, participaram da coletiva o comandante-geral da PM-AM, coronel Klinger Paiva; o delegado-geral Bruno Fraga e o corregedor-geral da SSP-AM, coronel Franciney Machado Bó.
“Não cabe a nós aqui fazer juízo de valor mas, disponibilizar ao judiciário para que ele possa conduzir o processo penal devido neste caso, claro, com a ampla defesa dos envolvidos, mas, não podemos deixar em momento algum de valorizar os bons policiais na defesa da sociedade amazonense”, declarou o coronel.
O caso
Nove agentes da Segurança Pública do Amazonas foram presos em flagrante, no sábado, 23, em Manacapuru, suspeitos de crime crimes de extorsão mediante sequestro, porte de arma de fogo, associação criminosa, entre outros.
Os policiais civis foram identificados como o delegado Ericson de Souza Tavares, titular do 6º DIP (Distrito Integrado de Polícia), e os investigadores Eliezio Alencar de Castro, Anderson de Almeida Maia, e Alessandro Edwards da Cruz.
Os policiais militares presos foram identificados como o sargento Alexandro Conceição dos Santos, os cabos Elson Nascimento de Souza, Ueslei Rodrigues da Silva, Kemer Cruz Pimentel, Edvaldo Ewerton Pinto de Souza, e Germano da Luz Júnior.
Além dos nove agentes de polícia, também foram presos dois civis.
O grupo foi preso por policiais militares de Manacapuru e encaminhados para a delegacia do município.
O grupo já estava sendo investigado pelas polícias Civil e Militar e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), além da Promotoria de Justiça de Manacapuru.