MANAUS – O governador Wilson Lima (PSC) comentou a denúncia ingressada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra ele e mais 17 pessoas no Superior Tribunal de Justiça (STJ). No fim da manhã desta terça-feira (27), Wilson disse que acredita na Justiça e que a denúncia não apresenta nenhuma prova contra ele.
A declaração foi dada à imprensa, em entrevista coletiva, na sede do governo, em Manaus, logo após a solenidade de sanção do novo Auxílio Estadual, voltado a trabalhadores da cultura, esporte e turismo.
A denúncia foi levada ao STJ na segunda-feira (26). Nela, a subprocuradora Lindôra Araújo afirma entre outras coisas que houve a prática de crimes na aquisição de respiradores alvo da operação Sangria.
Na entrevista, Wilson disse que qualquer gestor público está sujeito a ser investigado e questionado. “Eu tenho plena consciência de todos os atos que eu tomei e tenho tomado enquanto governador. Não há nenhuma prova contra mim ou qualquer coisa nesse sentido”, completou.
O governador disse que seu sigilo bancário já foi quebrado e que está à disposição da Justiça para dar esclarecimentos.
“Não há uma prova sequer contra mim. Não há nada que possam me acusar ou dizer que eu me beneficiei de alguma forma. Nosso trabalho naquele momento foi para salvar vidas”, disse Wilson, que reforçou sobre qual a linha de direcionamento que deu a seus comandados, sem apontar ou negar eventuais irregularidades cometidas por aqueles mais diretamente envolvidos na aquisição.
“Eu tenho um departamento técnico que cuida disso, eu não trato de licitação, eu não trato de contratação. A minha determinação foi e sempre será: agir para garantir atendimento ao povo do Estado do Amazonas. Essa sempre foi a minha orientação”, finalizou.
Além de Wilson, foram denunciados o vice-governador, Carlos Almeida (PTB), o secretário chefe da Casa Civil do estado, Flávio Antony Filho, o ex-secretário de Saúde Rodrigo Tobias e outras 14 pessoas, entre servidores públicos e empresários, por crimes cometidos na aquisição de respiradores para pacientes de covid-19.
A investigação começou no ano passado, na primeira onda da pandemia de Covid-19, após notícias de que 28 aparelhos haviam sido comprados de uma loja de vinhos, e já teve três fases de medidas como busca e apreensão autorizadas pelo ministro Francisco Falcão, relator do caso no STJ.
Os respiradores são equipamentos fundamentais para pacientes com quadros graves de Covid-19.
Declarações
Confira os trechos da entrevista em que Wilson fala sobre a denúncia:
Qualquer gestor público está sujeito a ser investigado e questionado. Eu tenho plena consciência de todos os atos que eu tomei e tenho tomado enquanto governador. Não há nenhuma prova contra mim ou qualquer coisa nesse sentido. É a resposta que eu dei ontem sobre esse oferecimento de denúncia da PGR ao STJ.
(…)
Eu tenho plena consciência de todos os atos que eu fiz, de todos os atos de probidade e tudo dentro da legalidade. Estou à disposição para responder todos questionamentos da Justiça.
Não há uma prova sequer contra mim. Não há nada que possam me acusar ou dizer que eu me beneficiei de alguma forma. Nosso trabalho naquele momento foi para salvar vidas.
(…)
Meu sigilo bancário está aberto. A Justiça já quebrou meu sigilo bancário e não há nenhuma prova contra mim, não há nenhum documento assinado por mim, não há nenhuma mensagem minha sequer ou qualquer outra coisa nesse sentido.
(…)
Eu acredito na Justiça.
(…)
Não há nenhuma prova contra mim, nenhum documento que assinei, nenhuma ordem que eu tenha dado neste sentido. Estou à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos. Todos os atos de enfrentamento, relacionados à pandemia, são atos dentro da legalidade e eu tenho plena consciência disso.
(…)
Não há nenhuma prova contra mim. Eu tenho um departamento técnico que cuida disso, eu não trato de licitação, eu não trato de contratação. A minha determinação foi e sempre será: agir para garantir atendimento ao povo do Estado do Amazonas. Essa sempre foi a minha orientação.
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