MANAUS – O titular do 19° Distrito Integrado de Polícia (DIP), delegado Aldeney Goes, informou nesta terça-feira, 1º, que as investigações sobre a morte do engenheiro Flávio Rodrigues, 42 anos, não apontam para a versão de que a casa da primeira-dama de Manaus, Elisabeth Valeiko, onde mora seu filho, Alejandro Valeiko, tenha sido invadida.
A versão foi divulgada pelo prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), em publicação nas redes sociais, na manhã desta terça.
“Não encontramos indícios de que possa ter ocorrido uma invasão, mas ainda não descartamos que tenha ocorrido um acesso autorizado. Então nós começamos a trabalhar agora com (a versão) do acesso autorizado. Então nós já iniciamos as perícias”, disse o delegado.
Foi na casa onde Alejandro mora que Flávio teria sido visto vivo pela última vez. A versão oficial registrada no 19º DIP e na Especializada em Homicídios é a de que homens encapuzados invadiram a casa, que fica no condomínio Passaredo.
Na ação, Alejandro teria sido ferido com uma coronhada na cabeça. Outra pessoa ferida por arma branca. Enquanto Flávio foi levado da residência.
Na tarde de segunda-feira (30), o corpo de Flávio foi encontrado sem vida, em um terreno no bairro Tarumã, também na zona Oeste.
Segundo informações divulgadas até aqui, o engenheiro tinha ferimentos causados por arma branca na região do abdômen.
Versão do prefeito
Na manhã desta terça-feira, o prefeito escreveu no Facebook um texto onde defende o enteado, Alejandro. No texto, Arthur diz que o episódio estaria ligado ao tráfico de drogas, e indica que Flávio era traficante.
Na publicação, o prefeito fala que o enteado é dependente químico, mas nega qualquer relação de Alejandro com a morte do engenheiro.
“A casa de Alejandro foi invadida na noite do último domingo. Dois homens encapuzados, “cobrando” dinheiro a um dos presentes. Um dos meninos se trancou no banheiro e Alejandro recebeu golpe de coronha que lhe abriu a cabeça. Levaram o que queriam: o rapaz Flávio, a quem “cobravam” pagamento pelo trabalho maldito que leva pessoas à perdição. Principalmente os jovens, muitos deles viciados desde 10 ou 12 anos de idade”, escreveu Arthur em um trecho do texto.
Reação da família do engenheiro
A irmã do engenheiro, Silene Rodrigues, disse ao ESTADO POLÍTICO nesta terça-feira (1º) que o irmão não era usuário e nem traficante de drogas. Segundo Silene, o prefeito de Manaus, mentiu sobre o irmão e irá “pagar pelo que falou”. “Meu irmão nunca usou droga, não é traficante. Ele [Arthur Neto] vai pagar pelo que ele falou”, disse Silene.