MANAUS – O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), soltou mais um de seus ditos populares durante a sessão desta quinta-feira (12). Dessa vez, o animal da fauna amazônica usado para ilustrar foi o peixe tucunaré.
O líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), prestava depoimento e em questionamento do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), quando negou ser o deputado citado no depoimento do também deputado Luiz Miranda (DEM-DF) como suspeito de envolvimento no contrato da Covaxin.
Barros disse que a CPI cria uma narrativa com base em declarações feitas à imprensa. No entanto, Miranda foi claro, após pressão da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que o deputado teria sido apontado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a Luiz Miranda como envolvido no contrato com suspeitas de irregularidade seria Barros.
A declaração do líder do governo irritou Omar Aziz, que disparou: “No meu estado, o cabôco é sábio. Muito sábio. E aquele cara que morre pela boca é chamado de tucunaré. Devagar com o andor porque o santo é de barro. Não dê uma de tucunaré aqui, deputado, por favor!”.
“Com todo o respeito que estamos tendo com o senhor, o senhor respeite a Comissão Parlamentar de Inquérito. Nós não criamos versão não, são fatos e aqui o deputado Luiz Miranda disse claramente que a pessoa a que ele se referia era vossa excelência. E digo mais: se eu fosse o líder do presidente na Câmara dos Deputados, eu não pedia não, eu exigia que o presidente se retratasse e falasse para todo o Brasil, nas lives, que não é que ele nunca citou seu nome. Ele nunca disse isso”, emendou.
Após reclamação da bancada governista e bate boca generalizado, Omar suspendeu temporariamente a sessão.