MANAUS – A Polícia Federal, o Ministerio Público Federal (MPF) e a Controladoria Geral da União (CGU) confirmaram que o empresário Murad Aziz, irmão do senador Omar Aziz (PSD), e o advogado Lino Chíxaro foram alvos de mandados de prisão na operação “Cash Back”, 4° fase da operação Maus Caminhos, que apura desvios de recursos federais da Saúde do Estado do Amazonas. Ambos são investigados por tráfico de influência.
Lino é ex-deputado estadual e foi superintendente da Cigas.
De acordo com a PF, nesta fase da operação são investigados crimes de peculato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, fraude em licitações, pagamentos superfaturados e tráfico de influência.
Este último, segundo a PF, o motivo do envolvimento de Lino e Murad nesta fase da investigação.
“Vendiam essa influência e requeriam lucro e vantagem ilícita”, declarou o delegado Alexandre Teixeira.
Dos 16 mandados de prisão, dez foram cumpridos e seis investigados são considerados foragidos.
Em apenas um dos contratos investigados pela Cash Back, no valor de mais de R$ 500 milhões, a Polícia Federal apura possibilidade de desvio de R$ 140 milhões.
A PF confirmou também a apreensão de carros e o envolvimento de mais de 20 empresas nesta nova fase da investigação.
O superintendente da PF, Alexandre Saraiva, declarou que não medirá esforços e usará todos os recursos disponíveis para identificar e responsabilizar todos as pessoas que participaram de esquemas ilegais para desviar dinheiro público do Estado do Amazonas.
“O compromisso da Polícia Federal é buscar todos os recursos disponíveis para que todos os responsáveis pelos desvios de recursos públicos no Amazonas sejam identificados”, declarou.
Foram investigados dois advogados. Os indícios mostram que eles atuavam , apesar de serem advogados, para auxiliar, colaborador da atividade ilícita. Além de vender a influência, colaborar para o plano criminoso, os escritórios também recebiam recursos pela prestação de serviços quem também foram constatados indícios de superfaturamento”, afirmou Alexandre Teixeira.
Outro lado
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) informou que os fatos relativos à operação deflagrada pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (11/10), não são desta gestão, que assumiu a pasta em outubro de 2017. São fatos ocorridos em administrações passadas.