MANAUS – O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (GAECO” do Ministério Público Estadual do Amazonas (MPAM) informou, em nota, nesta segunda-feira (9), que conseguiu na Justiça a prorrogação dos presos na operação “Garimpo Urbano”.
De acordo com o MP-AM, o pedido, que foi acatado pela Justiça, foi necessário diante de novos elementos colhidos durante as diligências durante o período de prisão temporária dos envolvidos na investigação.
“[…] em razão de elementos colhidos durante a Operação Garimpo Urbano e, ainda, em face de outros mais colhidos por diligências na investigação durante o período de prisão temporária dos envolvidos, entendeu por necessária a prorrogação da prisão em vigor em nome da eficácia de diversas outras medidas investigativas em andamento, dentre elas a oitiva de mais pessoas”, diz trecho da nota.
Segundo o MP-AM, os envolvidos tiveram suas prisões prorrogadas por até 30 dias mais.
O caso
Um dos presos é o ex-secretário Adjunto de Inteligência (Seai), delegado Samir Freire. A investigação do MP-AM apura um esquema de extorsão, que seria compostos por membros do sistema de Segurança Pública do Amaoznas.
Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 10 mandados de busca e apreensão por equipes da PF e do GAECO, do MP-AM, em Manaus, no interior do Amazonas e no estado do Pará. Além de Samir, foram detidos outros servidores da Seai.
A operação tem como objetivo coibir a ação de agentes públicos ligados a órgão de cúpula da Segurança Pública do Estado, supostamente envolvidos na subtração de ouro, mediante graves ameaças dirigidas aos transportadores do recurso natural.
A investigação aponta que foi usado pessoal e expertise da Seai no monitoramento e abordagem das vítimas.
Abaixo, a nota do MP-AM:
O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado – GAECO-MPAM – informa que, em razão de elementos colhidos durante a Operação Garimpo Urbano e, ainda, em face de outros mais colhidos por diligências na investigação durante o período de prisão temporária dos envolvidos, entendeu por necessária a prorrogação da prisão em vigor em nome da eficácia de diversas outras medidas investigativas em andamento, dentre elas a oitiva de mais pessoas.
Ademais, há a preocupação de alcance dos objetos dos crimes apurados (o ouro) ou dos produtos e valores em que podem ter sido convertidos.
Neste sentido, ressalta-se que a renovação da prisão se fundamenta em fatos novos e elementos concretos, não em meras possibilidades abstratas.
O GAECO atua, neste momento, com medidas para contornar a constatação de que há influência direta de um ou mais envolvidos sobre o ânimo de pessoas que prestam depoimentos, bem de que os investigados tomaram conhecimento direto sobre a investigação sigilosa realizada por este Grupo. Medidas de contrainteligência alcançaram e desvelaram tais atos, já evidenciados nos autos, demonstrando a legítima preocupação de que, soltos, possam os envolvidos prejudicar a apuração dos fatos.
Assim, para evitar atuação dos envolvidos no sentido de alterar a situação ou influenciar na coleta de provas, se faz necessária a prorrogação da medida, enquanto seguem os trabalhos de Investigação.
O pedido em questão foi acolhido pelo Poder Judiciário em Decisão longamente fundamentada e tomada de forma colegiada, razão pela qual os envolvidos tiveram suas prisões prorrogadas por até 30 dias mais.
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