MANAUS – O Ministério Público Estadual do Amazonas (MP-AM) criou um grupo de trabalho para atuar em processos relacionados a denúncias de corrupção no município de Coari.
Segundo a procuradora-geral de Justiça, Leda Mara Albuquerque, em entrevista na manhã desta terça-feira (13), o grupo será composto por quatro promotores. Atualmente, dois promotores atuam no município.
De acordo com a procuradora-geral de Justiça, uma das razões para a criação do grupo são as denúncias relacionadas a supostas práticas de corrupção ligadas à gestão do prefeito de Coari, Adail José Pinheiro (PP), o Adail Filho.
“O objetivo é reforçar essas investigações que já vêm acontecendo de algum tempo, acelerar ao máximo para que as providências judiciais sejam devidamente tomadas”, disse Leda Mara.
A procuradora-geral de Justiça afirmou que o reforço do trabalho no município é necessário para que o órgão também possa dar respostas mais rápidas às demandas diárias da população em outras áreas.
“O promotor de Justiça, na sua comarca, não atua apenas nos procedimentos de combate à corrupção. Ele tem uma série de outras demandas, que são demandas da população, que precisam igualmente de respostas”, afirmou a chefe do MP-AM.
Sempre que se manifestou sobre as denúncias do MP-AM, o prefeito de Coari negou as acusações. Por conta do trabalho do órgão, Adail Filho já chegou a denunciar o promotor Weslei Machado à procuradoria-geral de Justiça. A denúncia foi arquivada.
O prefeito diz que é perseguido pelo promotor. Isso porque Weslei assina a maioria das denúncias contra Adail.
Apesar de seguir atuando nos casos envolvendo o município, Weslei não reside mais em Coari. O promotor diz ser alvo de ameaças e, por segurança, mudou para Manicoré, comarca onde também atua.