MANAUS – A procuradora-geral do MP-AM (Ministério Público Estadual), Leda Mara de Albuquerque, esteve no município de Coari nesta segunda-feira (19) para acompanhar o início das atividades da força-tarefa criada para atuar em processos relacionados a denúncias de corrupção e improbidade administrativa no município.
A prefeitura de Coari é administrada por Adail Filho (PP).
Segundo a procuradora, a força-tarefa é composta por cinco promotores, três técnicos da área de inteligência e um efetivo de policiais militares. O número de PMs à disposição do grupo não foi divulgado por questões de segurança, mas era necessário, de acordo com Leda Mara, em razão da necessidade de garantir a integridade física do grupo.
“Inicialmente esse trabalho deverá ser concluído em 60 dias, como forma de dar um suporte ao trabalho da Comarca de Coari. É uma comarca extremamente complicada do ponto de vista da improbidade administrativa e do ponto de vista criminal também. Coari vive sérios problemas em razão do tráfico de drogas”, disse Leda Mara durante coletiva na tarde desta segunda-feira (19).
Coordenador da força-tarefa, o promotor de Justiça, Wesley Machado, que é titular da Comarca de Coari, afirmou que serão adotadas as medidas necessárias para garantir, não apenas o regular andamento dos diversos processos administrativos instaurados pelo MP-AM, mas também o combate à corrupção na atual gestão e em gestões anteriores.
“Faremos uma verificação de todos os processos judiciais em que seja exigível uma manifestação do MP-AM. Além disso, também adotaremos as medidas investigativas ou judiciais para garantir o regular andamento dos diversos processos administrativos instaurados no MP, ambientais, consumeristas, criminais, família e diversas outras matérias. Dentre essas questões, o grupo também atuará no combate à corrupção na gestão pública (atual gestão e gestões anteriores) e no combate ao tráfico de drogas e à pirataria”, declarou o promotor.
Sempre que se manifestou sobre as denúncias do MP-AM, o prefeito de Coari negou as acusações. Por conta do trabalho do órgão, Adail Filho já chegou a denunciar o promotor Weslei Machado à procuradoria-geral de Justiça. A denúncia foi arquivada.