MANAUS – A juíza federal Ana Paula Serizawa, da 4ª Vara da Justiça Federal no Amazonas, condenou o médico e empresário Mouhamad Moustafa a 15 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, no processo oriundo da operação Maus Caminhos. Na mesma decisão, a juíza condenou ainda mais três réus na ação.
Priscila Marcolino Coutinho, apontada na investigação como operadora financeira da organização que teria desviado mais de R$ 110 milhões da saúde no Amazonas, foi condenada a 12 anos e oito meses de reclusão, em regime fechado.
E a enfermeira Jennifer Naiyara Yochabel Rufino Correa da Silva foi condenada a três anos e dez meses de prisão. Ela era diretora do Instituto Novos Caminhos (INC), usado para operar o esquema de corrupção, segundo o Ministério Público Federal (MPF). Presa, ela fez delação premiada, e por isso teve a perna menor que os demais condenados. Ela vai cumprir a pena em regime aberto.
Para a juíza, os três integraram a organização criminosa e ainda tentaram embaraçar as investigações.
O último condenado foi o empresários Alessandro Viriato Pacheco: quatro anos e quatro meses, em regime semi-aberto. Viriato foi enquadrado apenas no crime de organização criminosa. No decorrer do processo, ele confessou os crimes.
Segundo a denúncia, Alessandro integrava o núcleo empresarial da organização criminosa. O empresaria emitia notas fiscais de serviços ou produtos não entregues, ou superfaturados, para em seguida entregar o excedente aos líderes do grupo.
A decisão é do dia 9. Os quatro podem recorrer da sentença em liberdade.
Eles ainda são réus em outras ações penais oriundas também da Maus Caminhos. /L.P.