O Ministério Público Federal apresentou à Justiça uma ação de improbidade administrativa contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-secretária parlamentar da Câmara dos Deputados Walderice Santos da Conceição, conhecida como “Wal do Açaí”.
Os procuradores pedem a condenação dos dois por improbidade e solicita o ressarcimento dos recursos públicos indevidamente desviados.
Em janeiro daquele de 2018, o jornal Folha de São Paulo revelou que a ex-assessora trabalhava em um comércio de açaí na mesma rua onde fica a casa de veraneio de Bolsonaro, à época deputado federal, na pequena Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis.
Wal também prestava serviços particulares na casa de Bolsonaro, segundo moradores da região.
Pessoas da região ouvidos pelo Folha à época contaram que o marido dela, Edenilson, era caseiro do presidente.
Questionado pelo jornal, Bolsonaro não soube detalhar serviços prestados pela assessora na cidade.
Em uma das vezes, ele afirmou que Wal trabalhava na loja de açaí porque ela estava de férias na data em que os repórteres estiveram na vila.
A reportagem da Folha voltou ao estabelecimento em agosto de 2018, em horário de expediente, e encontrou Wal, com quem comprou um açaí e um suco de cupuaçu.
Nesse mesmo dia, ela pediu demissão do cargo.