MANAUS – O Amazonas é um dos 11 estados que integram um plano do governo federal para combater incêndios florestais.
Além do Amazonas fazem parte os estados do Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Goiás.
Denominado de Plano Estratégico Operacional de Atuação Integrada no Combate a Incêndios Florestais – Guardiões do Bioma, o programa foi lançado nesta quinta-feira (22).
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), participou do lançamento, que foi realizado na sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em Brasília.
“É importante a gente combater esses atos criminosos, que são ilegais. Levando em consideração que a gente tem trabalhado muito para garantir ao trabalhador, para garantir ao pessoal da agricultura familiar, todo seu licenciamento ambiental e para que tenham todas as condicionantes para que possam produzir”, disse o governador.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que coordenada o programa, a estratégia envolverá cerca de 6 mil profissionais na prevenção, repressão e investigação de tais ocorrências.
Segundo o ministro da Justiça, Anderson Torres, todos os estados e o Distrito Federal vão oferecer profissionais especializados para participar da operação em apoio aos estados onde a situação é mais crítica.
Em contrapartida, o pagamento das diárias aos profissionais envolvidos e a coordenação e integração dos órgãos ficarão a cargo do governo federal. A operação terá início de acordo com demanda dos estados nos meses de agosto a novembro.
A operação envolve ainda os ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Regional e as secretarias estaduais de Segurança Pública e de Meio Ambiente, além do Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil. Nos estados e no DF, os bombeiros militares é farão a coordenação local dos trabalhos.
“Com a soma de esforços e integração entre União e estados, vamos mostrar para o mundo que o Brasil está engajado na preservação de seus biomas. Este é um compromisso do governo Jair Bolsonaro e que estamos concretizando nessa ação inédita envolvendo três ministérios e todas as unidades da federação em apoio aos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal”, destacou o ministro da Justiça.
Na cerimônia de lançamento, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro, afirmou que a ação conjunta “será efetiva para combater os crimes, especialmente os ligados a incêndios florestais”.
Amazonas
O Governo do Amazonas informou que desde abril atua na repressão ao desmatamento ilegal, por meio da Operação Integrada Tamoiotatá. Está em curso a sétima fase de ações dessa operação no sul do Amazonas. O foco é nas cidades de Lábrea e Apuí, que figuram entre os municípios mais vulneráveis da Amazônia Legal, em decorrência de ocupações irregulares em áreas públicas, em especial, em áreas da União.
Até o dia 2 de julho, as áreas de gestão federal representavam 76% de toda área desmatada no Amazonas em 2021, entre assentamentos federais (320,50 km²), glebas federais (406,77 km²) e Unidades de Conservação Federais (9,15 km²), conforme dados do Sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Na última semana, representantes do Governo do Amazonas estiveram em reunião com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), para viabilizar a integração das agendas de combate aos ilícitos ambientais. Em paralelo, o Amazonas enviou um ofício ao Governo Federal formalizando a adesão do Estado à Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que permite a ação das Forças Armadas no combate a crimes ambientais em território amazonense.
Em maio, o governador decretou Situação de Emergência Ambiental na Região Metropolitana de Manaus e anunciou a adesão do Amazonas à GLO do Governo Federal. A formação de brigadistas é uma das estratégias do Governo do Amazonas para fortalecer as frentes de combate, aliada à prevenção
Ao todo, o Governo do Estado já formou 145 brigadistas em seis municípios do sul do Amazonas, e até o mês que vem serão 200 nos nove municípios da região sul do estado.