MANAUS – O deputado estadual Adjuto Afonso (PDT) divulgou nota, nesta segunda-feira (22), onde afirma que votou favorável à matéria do Governo do Amazonas que suspendeu reajustes até agosto de 2021 por responsabilidade com a manutenção do salário integral dos servidores públicos e em respeito à LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).
“Ao votar pela proposta do governo primei pelo atendimento dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, cuja desobediência geraria consequências muito mais graves ao estado, em particular, aos próprios servidores. O meu voto foi fundamentado na minha responsabilidade, visando exclusivamente os interesses do estado do Amazonas, prezando para que fosse mantido o salário integral dos servidores públicos”, diz Adjuto em trecho da nota.
Adjuto foi alvo de críticas do PDT no Amazonas. Em nota, o presidente estadual da sigla, Hissa Abrahão, declarou que o voto de Adjuto não reflete o posicionamento do PDT sobre a matéria. “[…] afirmamos nossa postura trabalhista e falamos em nome de todo o partido e de tudo que este representa que o voto do Deputado Adjunto Afonso não condiz nossas ideologias, o deputado agiu de forma individualista e pessoal visando outros interesses e posicionamentos, atitude da qual não compartilhamos”, diz trecho da nota.
Ouvido pelo site, Hissa afirmou que o diretório estadual vai se reunir para discutir possíveis penalidades a Adjuto, que podem ir de advertência à expulsão. Segundo o dirigente, a reunião deve acontecer em 60 dias.
Adjuto disse ainda que sempre foi fiel aos direcionamentos do PDT e que não recebeu nenhum direcionamento da Direção Executiva Estadual da legenda, da qual é secretário geral, em relação à votação do projeto do Executivo.
“Reitero que, sempre fui fiel aos direcionamentos do PDT, apoiando candidatos do partido, como por exemplo, nas últimas eleições, em que filiados se rebelaram contra o candidato majoritário ao governo, enquanto que eu continuei firme, mantendo minha posição partidária em favor do PDT. Esclareço, ainda, que não recebi nenhum direcionamento da Direção Executiva Estadual, da qual sou Secretário Geral, em relação à referida votação”, declarou Adjuto em outro trecho da nota.
Abaixo, a nota:
NOTA DE ESCLARECIMENTO À POPULAÇÃO DO AMAZONAS
Em relação ao posicionamento na votação da Lei Complementar que fixou o teto de gastos públicos, esclareço que:
• No que diz respeito ao meu voto na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), em favor do Projeto de Lei Complementar no 09/2019, que tratou sobre a fixação do teto dos gastos públicos, incluindo os reajustes de salários dos servidores públicos, esclareço que o fiz com base nos números apresentados pelo governo, além da crise fiscal que se instalou pelos estados brasileiros e agravada pela eminente recessão econômica;
• Ao votar pela proposta do governo primei pelo atendimento dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, cuja desobediência geraria consequências muito mais graves ao estado, em particular, aos próprios servidores. O meu voto foi fundamentado na minha responsabilidade, visando exclusivamente os interesses do estado do Amazonas, prezando para que fosse mantido o salário integral dos servidores públicos;
• Lembro que os estados de Mato Grosso, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Goiás, que não fizeram seus ajustes fiscais, estão parcelando, inclusive, os salários de seus servidores;
• Avaliando por essa ótica, o voto se fez necessário, para que o servidor não fosse prejudicado em médio prazo, e não tivesse seu salário parcelado também;
• Reitero que, sempre fui fiel aos direcionamentos do PDT, apoiando candidatos do partido, como por exemplo, nas últimas eleições, em que filiados se rebelaram contra o candidato majoritário ao governo, enquanto que eu continuei firme, mantendo minha posição partidária em favor do PDT;
• Esclareço, ainda, que não recebi nenhum direcionamento da Direção Executiva Estadual, da qual sou Secretário Geral, em relação à referida votação;
• Destaco que são mais de 20 anos de vida pública e todos os meus mandatos foram em defesa dos interesses da sociedade amazonense, sem nada que macule a minha imagem enquanto parlamentar, tanto na capital, quanto no interior;
• Por fim, ressalto que na mesma ocasião, durante a votação de outro projeto, lutei para que não houvesse uma maior redução no orçamento do setor primário, como inicialmente proposto pelo governo, beneficiando assim, o interior nas atividades agropecuárias e de piscicultura, o que foi conseguido e pode ser atestado pelos representantes da classe.