MANAUS – A média móvel de novos casos e de mortes por Covid-19 no Amazonas tiveram uma ligeira queda nos últimos dias, mas ainda permanecem em um patamar elevadíssimo. A redução está abaixo da expectativa que o Governo do Estado tinha após a adoção de medidas restritivas rígidas, como fechamento do comércio e toque de recolher.
O cenário epidemiológico com os gráficos que apontam a variação da média móvel foi apresentado pelo diretor-técnico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Cristiano Fernandes, durante transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira (4).
Taxa de transmissão
Em duas semanas, o Amazonas passou de estado com a pior taxa de transmissão (1.3) para a quinta colocação (1.1). “Isso significa que nós ainda temos uma alta taxa de transmissão, mas que os dados têm demonstrado a estabilidade e a tendência de redução do número de casos”, disse o diretor.
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Média móvel de casos
No mesmo período de 14 dias, a variação da média móvel de casos passou de 153% para 3%. “A gente tem uma tendência de estabilidade e a partir daí a expectativa é de redução”, observou Fernandes.
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Em janeiro, foram confirmados 66.381 casos da Covid-19, superando o mês de maior incidência em 2020, que foi maio, com 36.123 confirmações. “Isso mostra a força de transmissão que tivemos em janeiro”, disse.
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Média móvel de mortes
O Amazonas também registrou uma redução na média móvel de mortes, que está em cerca de 80 óbitos diários pela doença. “A gente já teve uma estabilidade e está com uma tendência de redução no número de óbitos por Covid”, acrescentou Fernandes.
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Foram 2.839 óbitos em janeiro, superando o mês com mais registros no ano passado – maio, com 1.614.
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Fase ainda é ‘roxa’
A taxa de ocupação de leitos clínicos e de UTI, mesmo com a ampliação promovida pelo governo, segue alta.
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A conjunção dos indicadores fazem com que o Estado permaneça na fase “roxa” de risco da doença, a pior de todas.
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Avaliação e apelo
O governador Wilson Lima (PSC) fez um apelo para que a população mantenha as medidas de distanciamento social e proteção sanitária. “Quero reforçar a necessidade de se cumprir o que foi estabelecido no decreto que nós baixamos. Não há outro caminho para a gente quebrar essa cadeia de transmissão”, disse.
“A gente já começa a ver alguns resultados, baixando essa taxa de infecção. A gente conseguiu nesses últimos dias perceber uma estabilidade nos números. Eles não estão caindo como a gente esperava que caíssem. Nós esperávamos que eles pudessem estar caindo mais rapidamente, mas já encontrou uma estabilidade e a tendência é que possa melhorar, mas essa melhora vai depender do esforço que cada um de nós fizer. Quanto mais a gente se esforçar, quanto mais a gente respeitar as orientações estabelecidas pelos profissionais de saúde, maior será o nosso sucesso e mais rápido a gente vai conseguir sair dessa situação”, acrescentou Lima.