MANAUS – A deputada estadual Mayara Pinheiro (Progressistas) tachou o presidente do Simeam (Sindicato dos Médicos do Amazonas), Mario Vianna, de “um médico frustrado”.
“É um médico frustrado que nem dentro da carreira médica conseguiu o destaque na sua carreira”, declarou Mayara, que também é médica, durante sessão da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Amazonas) nesta quarta-feira (29).
Mario Viana é um dos autores da denúncia de impeachment contra Wilson Lima (PSC) e Carlos Almeida Filho (PTB).
Na terça-feira, 28, o Simeam ingressou com uma questão de ordem pedindo a anulação da Comissão Especial do impeachment e a formação de uma nova.
Na peça, os advogados do Simeam acusam deputados que integram a comissão de “comparsas” do governo e afirmam que há “indícios fortíssimos” de que há parlamentares no colegiado que recebem propina do Executivo.
O documento assinado pelos advogados faz menção a uma anotação vazada à CNN Brasil de um suposto relatório da Polícia Federal, referente à operação Sangria, em que um agente federal descreve o que a polícia teria apreendido no gabinete do governador Wilson.
No suposto relatório, o agente relata uma anotação encontrada no gabinete de Wilson onde se lê os nomes dos deputados Joana Darc, Roberto Cidade, Mayara Pinheiro, Therezinha Ruiz, Saullo Vianna, Abdala Fraxe e Belarmino Lins (Belão).
A anotação do relatório da Polícia Federal exibida pela TV registra antes do nome “Belão” a inscrição “5%”.
Segredo de Justiça
O inquérito da operação tramita em segredo de Justiça e não há nenhuma informação até aqui indicando que os deputados são investigados. Nem que a suposta anotação seja indício de algum crime.
Apesar disso, os advogados do Simeam cravam no documento que, “[…] não resta a menor sombra de dúvida de que os deputados estaduais elencados acima, no mínimo, serão ouvidos [no inquérito] na condição de testemunha”.
Mayara afirmou que não existe relação nenhuma dos deputados com o inquérito que tramita no STJ. E que ela e os colegas não são investigados em processo nenhum.
Além de Mayara, Joana Darc (PL), líder do governo, também reagiu ao teor do documento do Simeam.
A deputada do PL disse que vai acionar os advogados responsáveis pelo documento na Justiça.
A questão de ordem é assinada pelos advogados Edgar Portela Aguiar e Milton Antonio Rivera.