Da Redação – O Jornal Nacional (Globo) de sábado (18) mostrou para o país a manobra da presidência da Câmara Municipal de Manaus (CMM) para reajustar a verba de gabinete e o número de assessores dos vereadores.
Sem publicidade do projeto na pauta, a votação em caráter de urgência foi rápida, realizada em questão de minutos na última sessão do ano. Dos 41 vereadores, 37 votaram a favor.
A Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar passou de R$ 18 mil para mais de R$ 33 mil por mês, um aumento de 83%. A verba, que é conhecida pelos vereadores como “cotão”, serve para cobrir gastos com combustível, aluguel de veículos e internet.
O projeto de lei é de autoria da mesa diretora, que tem como presidente o vereador David Reis (Avante).
O Jornal Nacional ouviu parlamentares de oposição, que confirmaram que o aumento do “cotão” não estava previsto na pauta do dia.
“Foi colocado em votação no último dia da sessão, nos últimos minutos. Não foi divulgado. Eu atualizei várias vezes o tablet que fica disponível para os vereadores. A pauta do dia não estava divulgada, muito menos no dia anterior, muito menos horas antes”, disse Rodrigo Guedes (PSC), vereador.
“Acabaram fazendo uma manobra para que esse projeto de lei que não era matéria para regime de urgência acaba-se entrando como regime de urgência, impedindo aí, portanto, a discussão adequada da pauta”, comentou Amon Mandel, sem partido, vereado.
Levantamento do Jornal Nacional mostrou que a Câmara gasta quase R$ 9 milhões por ano com o “cotão”. Agora, o valor sobe para quase R$ 16 milhões.
Em nota enviada ao Jornal Nacional, a presidência da Câmara defendeu que a votação do projeto seguiu o devido rito processual.
Segundo a nota, a atuação dos vereadores pode ser ampliada com mais verba e assessores.
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