MANAUS – Um grupo grande de manifestantes participa do ato #AmazonasPelaDemocracia na tarde deste terça-feira (2) na avenida Djalma Batista, em Manaus. A pedido dos organizadores, o ato está sendo escoltado por policiais militares. Ainda não há uma estimativa oficial de público, mas pelas imagens há no mínimo algumas centenas de manifestantes.
Munidos de cartazes e faixas, os manifestantes fazem encenações e entoam gritos de ordem como “fora, Bolsonaro!”, “democracia!”, “não me sufoque!” e “eu não consigo respirar!”, em protesto contra a morte de George Floyd, ocorrida no último dia 25 nos Estados Unidos. Afroamericano, Floyd foi assassinado por um policial branco.
Nos cartazes, dizeres reafirmando que vidas negras, indígenas e ciganas importam. Também há muitos protestos contra a violência neofascista.
A pauta da manifestação é extensa, mas foca sobretudo na defesa da democracia contra ideias totalitárias que vêm sendo pregadas em recentes movimentos Brasil afora por grupos bolsonaristas.
“Nós vamos para rua manifestar o nosso apoio à democracia, contra o fascismo, contra o neonazismo, contra aqueles que fazem apologia, contra o racismo, a favor das vidas negras, a favor das liberdades individuais, a favor das minorias. O que está acontecendo no nosso país de pedir intervenção militar, novo A.I 5, fazer apologia a todo e qualquer regime totalitário não é liberdade de expressão”, defendeu o estudante Matheus Castro, 20, um dos organizadores do ato.
A maioria dos manifestantes é jovem e usa máscaras, uma das recomendações da organização por causa da pandemia de Covid-19.
Ao ESTADO POLÍTICO, Matheus Castro disse que o movimento surgiu de forma orgânica pela internet, sem a articulação de partidos políticos.
“A nossa hastag foi ganhando força em todas as redes sociais e vieram com isso muitos ataques de bolsonaristas, prometendo ataques”, disse o estudante.
Segundo o jovem, o grupo pró-democracia estava recebendo ameaças de grupos bolsonaristas. Por isso, pediram escolta policial. “Eles falaram que iam fazer barricada, que não iam deixar a gente passar. Por conta disso, nós mudamos todo o cronograma”, disse Matheus.