MANAUS – O número de novos casos de Covid-19 no Amazonas nesta terça-feira (29), 1.256, é o maior registrado desde 23 de julho, quando a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) contabilizou 1.498 novos positivos.
Desde então, o índice ultrapassou a marca dos mil novos registros seis vezes, contando com esta última: 24 de julho (1.205), 28 de julho (1.039), 30 de julho (1.047), 28 de agosto (1.015) e 19 de setembro (1.214).
Dos casos que entraram para a estatística nesta terça-feira, 846 são de Manaus, o maior número desde o dia 4 de junho (há 85 dias), quando 919 foram contabilizados.
O recorde de novos casos diários no Estado se deu em 29 de maio, com 2.763 registros. Na capital, o dia com o maior número de novos casos também foi em 29 de maio, com 1.723 do total.
Dos 1.256 casos confirmados na terça, 1.222 foram detectados por testes rápidos, sendo 846 na capital e 410 no interior, que identificam os anticorpos, a maioria dos quais, casos antigos ocorridos no pico da pandemia, com data de início dos sintomas entre, pelo menos, oito e 180 dias ou mais das primeiras manifestações da doença. Outros 34 foram detectados por RT-PCR, o qual aponta casos novos que estão entre o 3º e 6º dias da doença,
Até esta terça, o Amazonas totalizava 137.964 casos confirmados, sendo 50.862 em Manaus (36,87%) e 87.102 do interior (63,13%).
São 4.035 mortes confirmadas pela doença. Entre pacientes de Manaus, há o registro de 2.512 óbitos. No interior, são 61 municípios com óbitos confirmados até o momento, totalizando 1.523. A letalidade alcança 2,92%.
O boletim acrescenta ainda que 16.709 pessoas com diagnóstico de Covid-19 estão sendo acompanhadas, o que corresponde a 12,11% dos casos confirmados ativos.
Avaliação da Fiocruz
Em nota divulgada hoje, a Fiocruz Amazônia descartou segunda onda de infecções, mas afirmou que foi perceptível uma “diminuição na adesão da população às medidas de prevenção como o distanciamento e isolamento social, uso de máscaras, higienização das mãos, permitindo, desta forma, a ocorrência de contatos efetivos entre o SarsCov-2 e hospedeiros susceptíveis”.
“Entendemos que a atual situação vivenciada pelo estado do Amazonas e em particular na sua capital, Manaus, em relação a ocorrência da COVID-19, seja perfeitamente reversível, com a implementação/ implantação de medidas que visem a diminuição dos contatos entre as pessoas; o reforço das medidas de proteção individual e coletiva; aumento na capacidade da testagem de casos suspeitos e contatos; o aumento da sensibilidade da vigilância epidemiológica local com ampliação da captação de suspeitos através da demanda passiva e busca ativa de casos, identificar e testar contatos, constituindo as cadeias de transmissão”, destacou.