MANAUS – O MP-AM (Ministério Público do Amazonas) deflagrou na manhã desta sexta-feira, 17, a operação Cerco Fechado e prendeu mais quatros policiais militares da Rocam (Ronda Ostensiva Cândido Mariano) suspeitos de envolvimento nas mortes de quatro pessoas em Manaus, em dezembro de 2022.
De acordo com o promotor Armando Gurgel, responsável pela 61ª Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública do Ministério Público do Estado do Amazonas (Proceap/MPAM), foram cumpridos oito mandados judiciais relacionados aos homicídios que ficaram conhecidos comoCaso da Chacina do Ramal Água Branca”.
Em coletiva à imprensa, o promotor confirmou a prisão de mais quatro policiais da Rocam, sendo um tenente e três praças. Os nomes dos policiais não foram revelados.
Com a operação desta sexta, sobe para 16 o números de policiais militares presos no caso.
No dia 21 de janeiro, a desembargadora Luiza Cristina Nascimento da Costa Marques, do TJ-AM (Tribunal de Justiça do Amazonas), converteu em preventiva a prisão de doze policiais militares suspeitos de envolvimento na chacina.
Os PMs estão presos no Batalhão da Polícia Militar, em Manaus, desde o dia 24 de dezembro.
Os policiais presos, são: Charlys Mayzanyel da Ressurreição Braga, Charly Mota Fernandes, Tharle Coelho Mendes, José Vandro Carioca Franco, Maykon Horara Feitoza Monteiro, Diego Bentes Bruce, Dionathan Sarailton de Oliveira Costa, Weverton Lucas Souza de Oliveira, Anderson Pereira de Souza, Jonan Costa de Sena, Marcos Miller Jordão dos Santos e Stanrley Ferreira Cavalcante.
O caso
Os policiais foram filmados abordando as vítimas da chacina na noite de terça-feira (22). Na manhã seguinte, os dois homens e as duas mulheres que estavam em um carro branco (Onix) foram encontrados mortos, com marcas de tiro e sinais de tortura.
No vídeo que começou a circular na Internet no final da tarde de quarta, é possível ver os policiais da Rocam vasculhando o carro, enquanto as duas mulheres aparecem de frente para uma viatura com as mãos para cima. Em outro trecho, elas aparecem na mesma posição, de frente para um muro.
A decisão da PM-AM de investigar os policiais e afastá-los do trabalho foi motivada pela divulgação dos vídeos.
As vítimas foram identificadas como Diego Máximo Gemaque, de 33 anos, Lilian Daiane Máximo Gemaque, de 31 anos, Alexandre do Nascimento Melo, de 29 anos, e Luciana Pacheco da Silva, 22 anos.
Diego e Lilian eram irmãos. Alexandre e Lucina eram casados.