MANAUS – O porta-voz da Rede Sustentabilidade no Amazonas, Tácius Fernandes, disse ao ESTADO POLÍTICO que Luiz Castro, candidato da legenda ao Senado em 2022, não trocou o partido pelo PDT, de Carlos Lupi. A saída de Castro do partido comandado por Marina Silva foi divulgada nos bastidores após Luiz participar de reuniões com dirigentes do PDT e aparecer em fotos ao lado de Lupi nas redes sociais do presidente nacional da legenda.
“O Luiz não saiu da Rede. Falei com ele (Luiz) sobre o encontro com o Lupi. Ele reforçou que foi apenas um diálogo. Nem o próprio Lupi anunciou filiação, (ele) falou apenas da vontade dele. Luiz continua filiado e nas instâncias de direção do partido”, escreveu Tacius ao ESTADO POLÍTICO.
Membro do Diretório Nacional do PDT, Stones Machado disse à reportagem que o partido teve uma “boa conversa” com Luiz Castro.
“Tivemos uma conversa muito boa com o Luiz e o Lupi. Convidamos o Luiz e ele está conversando com seus apoiadores e seu grupo político, também com a Rede, para ali na frente ele decidir. Se depender do PDT, ele será o nosso candidato ao Senado em 2022”, disse Stones ao site.
Na quinta-feira, 2, Carlos Lupi compartilhou em suas redes sociais foto onde aparece ao lado de Luiz em reunião com membros do PDT. “Agora na reunião com os nossos possíveis candidatos: @carolbrazoficial, ao governo do Amazonas e @luizcastro.am, ao Senado. Ao lado também do presidente do PDT-AM @hissaabrahao, tratando da reorganização do PDT, visando as eleições do ano que vem”, escreveu Lupi.
A possível mudança de ninho partidário ocorre menos de um mês após a Rede ter confirmado o nome de Luiz Castro como candidato a senador do Amazonas pela legenda em 2022. A decisão foi tomada pela Executiva Estadual do partido e foi anunciada em 18 de novembro durante uma plenária com a militância para o lançamento da campanha de filiação partidária.
Em setembro, Luppi esteve em Manaus e convidou Luiz a se filiar ao PDT, a quem classificou como “grande quadro político”.
Ex-deputado estadual e ex-prefeito de Envira, Luiz Castro foi candidato a senador em 2018, quando havia duas vagas em disputa. Ele ficou na terceira colocação, com 581.553 votos, e por pouco não tirou a reeleição de Eduardo Braga (MDB), que superou na reta final chegando a 607.286 votos.
Em 2018, pegando carona na projeção de Wilson Lima (PSC), que atraiu também muito do eleitorado bolsonarista, quase tira a vaga de Braga.
Uma das posições definidas pela Rede para 2022 também, em âmbito nacional, é a de oposição a Jair Bolsonaro (PL).
O partido também rejeita repetir a aliança de 2018 com o governador do Amazonas.
Procurado pela reportagem, Luiz Castro não atendeu as ligações. Nas redes sociais, o político também não se manifestou sobre o assunto.
