MANAUS – O deputado federal Luis Miranda afirmou na noite desta sexta-feira, 25, em depoimento à CPI da Covid, que o líder do governo da Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), estaria à frente do esquema relacionado à compra de vacinas da Covaxin.
Questionado pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) sobre o nome do deputado citado por Jair Bolsonaro como o responsável pelo esquema, o deputado disse: “Eu sei o que vai acontecer comigo. A senhora sabe que foi o Ricardo Barros que o presidente falou. Foi o Ricardo Barros que o presidente falou”, declarou Miranda, chorando.
“Eu não me sinto pressionado para falar. Eu queria ter dito desde o primeiro momento, mas é porque vocês não sabem o que eu vou passar. Apontar um presidente da República, que todo mundo defende como uma pessoa correta honesta, que sabe que tem algo errado, ele sabe o nome, sabe quem é e não faz nada por medo da pressão que ele pode levar do outro lado?”, prosseguiu o parlamentar.
Em 20 de março, o deputado esteve com Jair Bolsonaro, às 16h30, no Palácio da Alvorada. No encontro, Luis Miranda e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, declararam ao presidente da República sobre “pressões atípicas” relacionadas à liberação do adiantamento de pagamento de US$ 45 milhões pelo primeiro lote de vacinas Covaxin, do laboratório Bharat Biontech, representado no país pela Precisa Medicamentos. O repasse seria feito em nome da Madison Biotech, uma offshore em Singapura.
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