MANAUS – Na chegada à Justiça Federal nesta quarta-feira (25), o advogado Lino Chíxaro disse que é irreal a acusação de que ele obteve informações prévias da operação Cashback, quarta fase da operação Maus Caminhos.
“Isso aí é uma suposição absolutamente irreal”, disse Lino. “Vou mostrar que não tenho nenhuma participação nisso. Sou profissional da área, não teria razão nenhuma para esconder provas. Sempre defendi que minha atuação com o médico Mouhamad (Moustafa) e suas empresas era meramente profissional”, completou.
No processo em que Lino é interrogado nesta manhã, o advogado é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter tido acesso a informações sobre a deflagração da Operação Cashback. Ele foi preso na ocasião.
Na ação penal, o MPF aponta que Gilberto Aguiar, outro réu no processo, teve acesso às informações sobre a Operação Cashback, com deflagração prevista entre 24 e 28 de setembro de 2018, e alertou outros alvos sobre as medidas a serem cumpridas.
Entre os que receberam as informações repassadas por Gilberto Aguiar está Jader Helker Pinto. Ele é cunhado de Mansur Aziz, que é irmão de Murad Aziz, um dos alvos da Operação Cashback.
“Ao informar Jader sobre a realização da operação, por meio de mensagens de texto em aplicativo de celular, Gilberto citou inclusive pessoas que seriam presas naquela fase da Operação Maus Caminhos, o que demonstra bastante conhecimento das medidas até então sob sigilo e que ainda seriam efetivadas”, informou o MPF em nota à época do recebimento da denúncia.
Imprensa, não
Diferente do que vinha ocorrendo nos outros interrogatórios da Maus Caminhos, a juíza Ana Paula Serizawa não permitiu que a imprensa acompanhe os desta quarta-feira.
Confira o vídeo abaixo :