MANAUS – A desembargadora plantonista, Luiza Cristina da Costa Marques, negou na véspera do Natal, sábado, 24, um habeas corpus aos doze policiais militares suspeitos de envolvimento nas mortes de quatro pessoas em Manaus.
Segundo a magistrada, a manutenção da prisão dos policiais é necessária para o “deslinde das investigações do inquérito policial”.
“Sendo assim, a meu sentir, verifico que a fundamentação da impetrada encontra-se clara, adequada e suficiente, mostrando-se idônea a manutenção da custódia cautelar dos Pacientes, tendo em vista que permitem denotar risco ao curso da investigação, posto que há iminente risco de destruição de provas e/ou fuga”, diz a desembargadora em trecho da decisão.
Os policiais presos, são: Charlys Mayzanyel da Ressurreição Braga, Charly Mota Fernandes, Tharle Coelho Mendes, José Vandro Carioca Franco, Maykon Horara Feitoza Monteiro, Diego Bentes Bruce, Dionathan Sarailton de Oliveira Costa, Weverton Lucas Souza de Oliveira, Anderson Pereira de Souza, Jonan Costa de Sena, Marcos Miller Jordão dos Santos e Stanrley Ferreira Cavalcante.
Os policiais se encontram na unidade prisional da Polícia Militar, em Manaus.
A PM-AM já havia afastado os policiais das funções. Um inquérito militar para apurar a conduta dos suspeitos foi instaurado.
O caso
Os policiais foram filmados abordando as vítimas da chacina na noite de terça-feira (22). Na manhã seguinte, os dois homens e as duas mulheres que estavam em um carro branco (Onix) foram encontrados mortos, com marcas de tiro e sinais de tortura.
No vídeo que começou a circular na Internet no final da tarde de quarta, é possível ver os policiais da Rocam vasculhando o carro, enquanto as duas mulheres aparecem de frente para uma viatura com as mãos para cima. Em outro trecho, elas aparecem na mesma posição, de frente para um muro.
A decisão da PM-AM de investigar os policiais e afastá-los do trabalho foi motivada pela divulgação dos vídeos.
As vítimas foram identificadas como Diego Máximo Gemaque, de 33 anos, Lilian Daiane Máximo Gemaque, de 31 anos, Alexandre do Nascimento Melo, de 29 anos, e Luciana Pacheco da Silva, 22 anos.
Diego e Lilian eram irmãos. Alexandre e Lucina eram casados.