MANAUS – A juíza federal Ana Paula Serizawa, da 4ª Vara da Justiça Federal no Amazonas, prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária do advogado e ex-deputado estadual Lino Chíxaro, e de mais três presos na operação Cashback, da Polícia Federal.
De acordo com a PF, autora do pedido de prorrogação, Lino apagou informações do celular, indicando que soube ilegalmente da operação deflagrada no dia 11. Segundo os investigadores, há indícios de que os presos “tiveram acesso ilegalmente às medidas construtivas das quais seriam alvo, o que demonstra o alto grau de influência, poder de corrupção e penetração nas instituições em que a investigação tramita”.
Além de Lino Chixaro, tiveram a prisão temporária prorrogada: Jader Pinto, Jonathan Queiroz e Marco Antônio de Jesus Barbosa. A decisão é desta segunda-feira (15).
De acordo com a juíza, de fato existem medidas pendentes de cumprimento. “A frustração de algumas buscas e apreensões demonstra a influência exercida pelos investigados na colheita da prova, no embaraço às investigações, mesmo presos”.
Segundo dados do setor de perícia técnica da PF, Lino apagou todas as informações do seu celular, o que possivelmente demonstra que o investigado sabia da operação e optou por atuar na “eliminação de provas prejudicando assim a colheita de elementos da informação “.
Jader, segundo a investigação, em razão da proximidade com Murad Aziz, também preso na operação, se for solto, “pode agir em benefício deste último prejudicando a atividade investigativa”.
A manutenção da prisão temporária dos empresários Marco e Jonathan, donos da Moema Publicidade, é necessária porque, segundo a investigação, existem várias outras provas coletadas durante a operação que necessitam de “profunda análise” e que poderá resultar na necessidade de ouvir outras pessoas e até mesmo os dois empresários.
A operação Cashback é a quarta fase da operação Maus Caminhos, que apura desvios milionários da saúde no Amazonas.