MANAUS – Na sentença em que condenou o ex-secretário de Saúde Wilson Alecrim a 13 anos de prisão, a juíza federal Ana Paula Serizawa acabou cometendo um erro de digitação, referindo-se a ele como “Wilson Lima”, o nome do atual governador do Amazonas.
Ao relatar da denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Alecrim, diz a magistrada: “Mesmo após sua saída do cargo, os pagamentos seriam devidos enquanto perdurasse o contrato em retribuição aos “serviços” prestados por WILSON LIMA à organização criminosa”.
Reprodução
O processo trata do suposto pagamento de R$ 3.337.500,00 em propina para Alecrim, que foi secretário entre 2010 e 2015. Conforme sentença, em troca do recebimento dos valores, Alecrim permitiu a entrada do Instituto Novos Caminhos (INC), de Mouhamad Moustafá, no Estado em 2014 e atuou para manter o contrato da organização social com o governo.
A investigação apontou que o INC era o centro de um esquema de fraudes que resultaram em desvios milionários de verbas da Saúde estadual, parte delas oriundas da União, o que fez com que o caso tramitasse na Justiça Federal, tendo sido investigado pela PF e MPF.
A decisão está fundamentada em mensagens encontradas nos celulares dos envolvidos e na delação de Priscila Marcolino, que trabalhava com Moustafá e confessou ter entregado valores mensais para Alecrim. Moustafá e Alecrim negaram os crimes em seus depoimentos.
Priscila e Moustafá também foram condenados neste processo. Todos ainda podem recorrer da decisão.