MANAUS – O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri no Amazonas, George Hamilton Lins Barroso, determinou a retirada da tornozeleira eletrônica de Alejandro Molina Valeiko.
Filho da ex-primeira dama de Manaus, Elisabeth Valeiko, Alejandro é acusado de participar do homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues. O crime foi cometido em setembro de 2019.
Para o magistrado, o uso da tornozeleira não se mostra mais necessário, e “não consta dos autos informação sobre qualquer comportamento ou ato do acusado que prejudique ou inviabilize a tramitação processual”.
O Ministério Público Estadual (MP-AM) deu parecer favorável à retirada da tornozeleira.
“Pelo exposto, com fulcro no Art. 282, §5º, do Código de Processo Penal e em consonância com o Parquet, revogo a medida cautelar de monitoramento eletrônico imposta ao acusado Alejandro Molina Valeiko, já qualificado nos autos. Ato contínuo, determino a manutenção das demais medidas cautelares diversas da prisão impostas quando da revogação da prisão preventiva do mencionado acusado, constantes da Decisão de fls. 3424/3435”, escreveu o juiz em trecho da decisão.
A decisão é do dia 19 de abril. Mas foi publicada no site do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) apenas nesta quinta-feira (22).
O único em liberdade
Alejandro é o único dos três réus denunciados pelo homicídio que está em liberdade.
Os outros acusados, Mayc Vinicius Teixeira Parede e Elizeu da Paz de Souza, tiveram pedidos de liberdade negados este ano.
Elizeu é policial militar e era servidor da Prefeitura de Manaus, e fazia a segurança do prefeito de Manaus, Arthur Neto, e familiares, entre eles Alejandro.
Mayc é amigo de Elizeu, e na noite do crime foi convidado pelo policial para ir até a casa de Alejandro, onde o filho de Elisabeth se reunia com amigos, entre eles Flávio.
A investigação da Polícia Civil apontou que Flávio foi agredido durante briga na casa de Alejandro, sendo esfaqueado em seguida.
Mayc é apontado como o autor dos golpes de faca contra a vítima. O corpo do engenheiro foi retirado da casa e deixado em um terreno baldio no bairro Tarumã, na zona oeste de Manaus.
O carro dirigido por Elizeu na noite do crime era da prefeitura e foi utilizado para retirar o corpo do engenheiro do condomínio onde Alejandro morava.