MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), afirmou nesta sexta-feira, 24, que a fixação, em 8%, da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) do setor de concentrado de refrigerantes, é o suficiente para segurar empresas e empregos da Zona Franca de Manaus.
“Bom, ele dá condições de competitividade às empresas que estão aqui. Naturalmente que a gente queria 10%, mas 8% faz com que as empresas continuem aqui e sobretudo que os empregos sejam mantidos, empregos de aproximadamente 9 mil pais de família”, disse Wilson.
A declaração foi dada durante entrevista à imprensa, após evento de entrega de 250 cadeiras de rodas e de mais de R$ 600 mil em equipamentos e veículos para instituições sociais, realiza no Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignola, rua Gandú, bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus.
Até dezembro de 2019, a alíquota de IPI para o setor era de 10%. No dia 16 deste mês, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou que vai elevar o subsídio ao setor de produção de refrigerantes da ZFM de 4% para 8%, mas também declarou em seguida que vai acabar com esse incentivo de “forma mais suave”.
Wilson disse que segue no aguardo do retorno do ministro da Economia, Paulo Guedes, à Brasília, para que possam debater a medida.
“A gente já tem uma conversa encaminhada com o ministro Paulo Guedes para tratar da questão do IPI dos concentrados. Ele está em Davos (na Suíça), e assim que ele chegar na semana que vem, há uma expectativa de que a gente possa sentar juntamente com a bancada federal para poder tratar dessas questões e entender como é que vai ficar essa questão dos concentrados”, declarou o governador.
O governador disse ainda já ter informações de que o decreto que trata da fixação do incentivo já ter sido concluído para assinatura do presidente Bolsonaro.
“Já tenho informações do Planalto de que o decreto já estaria pronto para assinatura do presidente da República garantindo os 8%, mas aí a gente também tem que esperar o presidente chegar para entender como é que vai ser esse decreto que será assinado para que a gente possa manter aqui as empresas que fazem parte do polo de concentrados”, falou Wilson.