Da Redação |
A falta de saneamento básico provou 6.603 internações no Amazonas em 2024, conforme levantamento divulgado pelo Trata Brasil.
Do total de internações por Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI) no Amazonas em 2024, a maior parte dos casos foi registrada entre homens: 3.532 contra 3.071 em mulheres.
De acordo com o estudo “Saneamento é saúde”, a falta de acesso à infraestrutura básica afeta significativamente a incidência de doenças relativas ao saneamento ambiental inadequado no Amazonas.
A privação dos serviços de saneamento, como abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana, está fortemente associada à estratificação econômica e étnica no Brasil, e essa privação interfere na saúde da população, aponta o estudo.
Crianças e idosos são os mais atingidos no AM
No Amazonas, em 2024, os grupos etários mais afetados pela falta de saneamento foram as crianças de 0 a 4 anos e os idosos com mais de 60 anos.
A taxa de incidência de internações por falta de tratamento de esgoto entre crianças de 0 a 4 anos no Amazonas foi de 136,806 casos a cada dez mil habitantes. Este valor é significativamente elevado em comparação com outros grupos etários. Em 2024, foram 2.850 internações de crianças amazonenses de 0 a 4 anos.
Entre os idosos (60 anos ou mais) no Amazonas, a taxa de incidência de internações foi de 24,506 casos a cada dez mil habitantes. Esta taxa também é alta, embora menor que a observada na primeira infância. No total, foram 715 casos em idosos com mais de 60 anos.
As taxas de incidência para os demais grupos etários no Amazonas em 2024 foram:
•Crianças de 5 a 9 anos: 20,923 casos a cada dez mil habitantes
•Adolescentes de 10 a 19 anos: 10,300 casos a cada dez mil habitantes
•Adultos de 20 a 59 anos: 11,764 casos a cada dez mil habitantes

Mortes por falta de saneamento no AM
Com relação às mortes por falta de saneameto em 2023, o Amazonas registrou 192 mortes no total. A taxa de incidência de óbitos por DRSAI no Amazonas foi de 5,441 casos por cem mil habitantes, com uma prevalência de doenças transmitidas por inseto vetor (3,286) sobre as de transmissão feco-oral (2,907).
A evolução do número de óbitos por DRSAI no Amazonas entre 2008 e 2023 apresentou uma taxa de crescimento positiva de 0,7% ao ano.
