MANAUS – O candidato ao governo do Amazonas pela coligação “Eu Voto no Amazonas”, Amazonino Mendes (PDT), disse, nesta terça-feira (16/10), em entrevista ao Portal G1 Amazonas, que não vai pagar as indenizações às famílias dos 54 detentos mortos em uma briga entre fações criminosas, no que ficou conhecido como massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, em janeiro de 2017.
“Isso é um insulto. Se morre um pai de família sério, trabalhador aí na rua, quem vai indenizar a família dele? Quem vai cuidar do filho dele? Agora, morre traficante, morre bandido, dentro da penitenciária e a gente vai ter que pagar? Eu não aceito”, disse, ao ser perguntado sobre como trataria o assunto, se reeleito governador do Estado.
Amazonino disse lamentar a provocação para que o estado indenize as famílias dos presos. “E sei que isso foi agenciado, industrializado, estimulado, pelo candidato a vice do meu adversário (Carlos Alberto Almeida Filho – PRTB). Isso me assusta demais. A gente vai ter um vice-governador que ampara bandido? Que ajuda bandido? Eu não sei mais onde estamos. A gente está lutando tanto para conter o ímpeto criminoso”, disse o candidato.
De acordo com Amazonino, enquanto for governador, seguirá recorrendo das decisões judiciais que determinarem o pagamento de R$ 50 mil às famílias dos criminosos que se mataram. “Não posso permitir isso. O que nós vamos fazer com o nosso cidadão, honesto que é assassinado? O que vamos fazer coma família dele? Agora, nós vamos pagar brigas de facções dentro da penitenciária? Onde se viu isso?”, disse Amazonino.