MANAUS – O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), disse nesta terça-feira (20) que o chamado “superpedido” de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) parece ser consistente.
“São 21 imputações de crime de responsabilidade e algumas delas, numa primeira leitura, parecem bem consistentes”, escreveu o parlamentar no Twitter.
Na segunda-feira (19), Ramos disse em entrevista à rádio Tiradentes que solicitaria e avaliaria juridicamente os pedidos. Ele sinalizou que, no exercício da titularidade no Parlamento, poderia aceitar uma das denúncias e deflagrar o processo de impeachment na Câmara.
A cópia do “superpedido”, um dos 127 apresentados até agora, foi entregue pelos autores e não pela presidência da Câmara, chefiada por Arthur Lira (PP-AL).
O movimento de Marcelo Ramos ocorreu um dia depois do presidente Jair Bolsonaro responsabilizar o deputado pela aprovação do aumento do valor do “Fundão Eleitoral” dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022.
Marcelo Ramos, vice-presidente do Congresso Nacional, presidia a sessão da última quinta-feira (15) que a aprovou a LDO.
Nesta segunda, o presidente voltou a culpar o amazonense, a quem chamou de “insignificante” por supostamente não lembrar do nome do deputado. O deputado respondeu em tom ácido e irônico.
Em outro tweet, o deputado indicou o “lado” que deve ficar a partir de agora. Apesar de ser crítico de Bolsonaro, Ramos nunca se declarou oficialmente na oposição. O seu partido, o PL, é da base de sustentação ao governo.
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