MANAUS – Cerca de 356 mil pessoas do Amazonas, ou 8,8% da população, relataram ter sentido sintomas relacionados à Covid-19 como perda de olfato ou paladar, tosse e febre e dificuldade para respirar, ou tosse e febre e dor no peito, em maio. O dado consta na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (24).
Na pesquisa do IBGE, foi perguntado a todos os moradores dos domicílios pesquisados se, na semana anterior à entrevista, algum deles apresentou os seguintes sintomas: febre, tosse, dor de garganta, dificuldade de respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de cheiro ou de sabor e dor muscular.
O IBGE ressaltou que a identificação de ter ou não apresentado o sintoma é feita pelo morador do domicílio e que não se pressupõe um diagnóstico médico.
A pesquisa conjugou sintomas associados à presença do vírus SARS-CoV-2 em um indicador específico, além dos sintomas individualizados.
A pesquisa estimou que 764 mil pessoas (ou 18,9% da população) no Amazonas apresentaram pelo menos um dos sintomas pesquisados de síndromes gripais.
Outras 356 mil pessoas (ou 8,8% da população) apresentaram sintomas conjugados de síndrome gripal que podiam estar associados à Covid-19 (perda de cheiro ou sabor ou febre, tosse e dificuldade de respirar ou febre, tosse e dor no peito) no Estado.
Considerando o total de domicílios (966 mil) do Amazonas, em 185 mil ou 19,1% dos domicílios havia pelo menos uma pessoa com sintomas conjugados, ou seja, que podiam estar relacionados à Covid-19 em maio.
Dentre o total de domicílios do Amazonas, 247 mil tinham pelo menos uma pessoa idosa como morador. Deste total de domicílios com pessoas idosas, 40 mil, ou 16,2%, tinham ao menos um morador com sintomas relacionados à doença.
Além disso, cerca de 127 mil pessoas (16,7%) que apresentaram algum dos sintomas pesquisados procurou atendimento em estabelecimento de saúde; percentual que foi de 24,4% entre aqueles que apresentaram algum dos sintomas conjugados (ou 87 mil pessoas).
A procura por atendimento poderia ser feita em mais de um estabelecimento, seja na rede pública de acesso a toda população, seja na rede privada. No entanto, a maioria das pessoas (3 milhões e 420 mil ou 84,8%) não possuíam plano de saúde, em maio. As que possuíam plano de saúde no Amazonas eram 614 mil ou 15,2%.