MANAUS – A equipe de consultores do Hospital Sírio Libanês que está trabalhando junto com a Secretaria Estadual de Saúde (Susam) na instalação do Gabinete de Crise Hospitalar com foco no novo coronavírus (Covid-19) esteve reunida com o governador Wilson Lima recebeu, na tarde desta segunda-feira (13), em Manaus.
A equipe liderada pelo médico Michel Cadenas, Pradoespecialista em Medicina de Desastre, já vinha atuando no Amazonas há cerca de seis meses, na implantação do projeto Lean nas Emergências, uma parceria com o Ministério da Saúde e o Governo do Amazonas, com vistas a melhoria da eficiência dos três principais prontos-socorros da rede estadual – 28 de Agosto, Platão Araújo e João Lúcio.
Agora, o trabalho será centrado na organização de resposta rápida à pandemia no Amazonas.
Na reunião, na sede do governo, que contou com a participação da secretária estadual de Saúde, Simone Papaiz, e de técnicos da Susam, foi apresentado o modelo de gerenciamento de crise definido pelo projeto para o momento.
O governador reforçou a importância da união de esforços para vencer o coronavírus no Amazonas, lembrando que um dos grandes diferenciais do Brasil com relação a outros países no combate à pandemia é justamente contar com um sistema unificado de saúde, que é o Sistema Único de Saúde (SUS).
“O Governo Federal tem nos ajudado em várias frentes, com o envio de equipamentos, de insumos, medicação e esse grupo que está chegando aqui vai nos ajudar a implementar os protocolos que já vinham sendo adotados pelo Governo do Estado, já seguindo essa orientação do Sírio Libanês, em parceria com o Ministério da Saúde. E aqui a gente consolida todos os avanços que já teve e naturalmente que a gente passa para um outro estágio dessa crise, que é um estágio mais agravado, e aí a gente estuda todas essas estratégias, esses protocolos, para que a gente possa ter o melhor fluxo na rede e entender o que é prioritário”.
Para Michel Cadenas, o momento de crise da pandemia, que experimenta uma subida rápida na curva de casos do novo coronavírus no estado, exige esforço conjunto e concentrado e respostas rápidas que nem sempre vão agradar, mas que precisam ser tomadas. Um evento, segundo ele, complexo em que se nota a velocidade num espaço curto de tempo com que os pacientes chegam nas emergências.
“O hospital Sírio Libanês vem prestar apoio à formação e constituição do gabinete de crise e apoiando no gerenciamento e também apoiando nas orientações de tomada de decisão. O mais importante no momento é o diálogo e a união de todas as instituições e pessoas em prol da resolução da crise”, pontuou Michel Cadenas.
A secretária Simone Papaiz ressaltou que o Estado entra agora em um novo momento de enfrentamento da pandemia, em que novas estratégias vão se somando ou substituindo outras que já não cabem mais. Como exemplo citou a instalação de tendas na área externa dos prontos-socorros para triagem de pacientes. Com isso, só devem acessar as unidades aqueles que realmente precisarem desse tipo de atendimento.
“Toda a discussão anterior, de formato, já vinha sendo definida e eles vêm em uma segunda fase agora verificar e até avaliar como essa implantação foi feita, desse redesenho, dessa maturidade de alinhamento de processo de trabalho dentro das unidades de prontos-socorros. Esse agregar agora de uma nova discussão, olhando para toda a rede hospitalar, vem contribuir para que a gente consiga implantar novos formatos. Não é a desconstrução do que já houve, é sempre um agregar, para que a gente tenha uma tomada de decisão estratégica e, em curto prazo, que é o que a crise nos pede. Tomada de decisão para que a gente tenha em curto prazo o menor prejuízo possível”, afirmou a secretária.