MANAUS – O presidente da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas), Josué Neto (PSD), afirmou nesta sexta-feira (17) que os professores da rede estadual não terão tudo que estão pedindo durante a greve, mas o governador “tem obrigação de ceder”.
“A gente sabe que nem tudo que os professores querem será concedido. Mas o Governo do Estado também tem a obrigação de ceder, de dar um passo atrás, para que a gente possa, em definitivo, acabar com a greve da educação em nosso estado”, afirmou o presidente da ALE-AM.
Josué afirmou que trabalha com a previsão de levar o projeto do governo para votação no dia 22, desde que o governo dê garantias de que os professores serão atendidos em algumas das demandas.
“Queremos até a próxima quarta-feira, dia 22, votar essa matéria. Se o governo entender que nós podemos dar a garantia aos professores”, disse Josué.
ALE-AM vai apresentar emendas
O deputado afirmou que a ALE-AM tem assumido um papel de protagonista nessa discussão, e por isso vai apresentar emendas à proposta original do governo. A matéria começou a tramitar no dia 15.
“Hoje, a Assembleia que está sendo protagonista nessa negociação. Então, a partir dessa negociação, o governo entender que a gente pode dar garantias aos professores, nós vamos, nesse momento de conversa, de negociação, apresentar algumas emendas ao texto original”, declarou Josué.
O governo propõe pagar 4,7% de data-base aos professores. Em assembleia-geral, a categoria rejeitou a proposta.
A matéria agora tramita na ALE-AM, onde professores tentam convencer os deputados a modificarem o texto.
Com o limite de gastos com pessoal do Estado estourado e arrecadação em queda, o governador Wilson Lima (PSC) tem afirmado que está impedido de conceder reajuste acima da inflação, sob pena de ser enquadrado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Carga a ministro
O comando de greve do SINTEAM entregou uma carta para o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, na manhã de hoje, na ALE-AM, pedindo que ele emita uma moção de apoio para a luta dos trabalhadores da rede estadual de ensino, em greve desde o dia 15 de abril.
O governador estava no mesmo evento, onde o ministro foi homenageado.