MANAUS – O governo do Amazonas vai iniciar nas próximas semanas um raio-x na folha de pagamento do estado.
“Jamais houve um censo de funcionários. O recadastramento de servidores ativos começa daqui a poucas semanas. Vamos ver quais os servidores que prestam serviços e os que são inexistentes”, disse o vice-governador Carlos Almeida (PRTB), em entrevista ao jornal Em Tempo, publicada na edição deste final de semana.
Segundo Almeida, o estado possui 170 mil servidores ativos e 30 mil inativos.
De acordo com Carlos Almeida, a exemplo do Rio de Janeiro, o recadastramento de servidores será realizado em parceria com o Banco Bradesco, que é o responsável pelas contas bancárias de servidores estaduais.
“Segundo os dados que estamos recebendo de lá, cerca de 8% dos servidores sequer compareceram, o que significa economia na folha. Se seguirmos este modelo, podemos esperar uma redução nos gastos”, disse o vice-governador.
A medida integra o conjunto da reforma administrativa da administração estadual anunciada pelo governador Wilson Lima (PSC). Em agosto, o chefe do Poder Executivo chegou a afirmar que encaminharia a proposta à ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado) até o dia 31 de agosto. Até aqui a proposta ainda não chegou à Casa.
Déjà vu
Não é o primeiro governo que promete um pente fino na folha do Executivo.
No primeiro ano de seu segundo mandato, em 2015, José Melo prometeu revisar a folha, o que renderia uma economia ao Estado estimada em R$ 250 milhões. Não saiu do papel.
A mesma promessa foi feita por Amazonino Mendes (sem partido) ao assumir o mandato tampão, em 2017.
“É obrigação nossa. Quem quer organizar tem que saber quem é quem”, disse Amazonino à época. A medida também não saiu do papel.