Da Redação |
O Governo Federal anunciou, na quarta-feira (4), a empresa vencedora da licitação para iniciar a dragagem do rio Amazonas no trecho de 200 quilômetros entre Manaus e Itacoatiara (AM). O valor do serviço será de R$ 92,8 milhões.
Esse montante faz parte do planejamento do ministério de Portos e Aeroportos em investir cerca de R$ 500 milhões de recursos nos próximos cinco anos, como forma de permitir a navegabilidade segura durante todo o ano, desde a fronteira com Peru e Colômbia até Itacoatiara, um percurso fluvial de mais de 1500 quilômetros de distância.
A expectativa do Governo Federal é que, com a assinatura do contrato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a DTA Engenharia, empresa vencedora, possa começar os trabalhos a tempo de mitigar os efeitos da estiagem sobre a navegabilidade e o escoamento de insumos.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que o objetivo é recuperar permanentemente a capacidade de navegação dos rios.
“Estamos empenhados em garantir a navegabilidade dos rios durante todo o ano, pois eles são essenciais para o transporte de pessoas, bens de primeira necessidade e o escoamento de mercadorias”, afirmou.
O secretário Nacional de Hidrovias e Navegação, Dino Antunes, afirmou que os trabalhos serão iniciados nos próximos dias e deverão minimizar os impactos na região Norte.
“Hoje nós demos continuidade ao processo iniciado há alguns meses. Por meio dessa assinatura, estamos garantindo a contratação do serviço de dragagem para os próximos cinco anos. Isso vai garantir que não haja sobressaltos nos próximos anos. Nós próximos dias vamos emitir a ordem de serviço, o que vai viabilizar o início dos trabalhos”, afirmou.
O serviço de dragagem faz parte das ações anunciadas pelo Ministério de Portos e Aeroportos para prevenir os impactos da estiagem em 2024.
Trabalho para mitigação da seca no Norte
Em junho deste ano, o Ministério de Portos e Aeroportos assinou editais de contratação para serviço de dragagem em quatro trechos dos rios Amazonas e Solimões.
Além do trecho Manaus-Itacoatiara, serão contemplados, Coari-Codajás, Benjamin Constant-Tabatinga, e Benjamin Constant-São Paulo de Olivença.
Apesar da extensão abrangida pelos contratos, a dragagem é feita apenas em pontos específicos, chamados de passos críticos. Esses trechos foram definidos após uma inspeção técnica do Dnit, realizada em abril.