MANAUS – O Governo do Amazonas publicou a exoneração do delegado Samir Freire do cargo de Secretário Executivo Adjunto de Inteligência.
O delegado foi preso na sexta-feira (9) durante a operação Garimpo Urbano, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público do Amazonas (MP-AM), que investiga um esquema de extorsão.
A exoneração do secretário conta no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 9, mas que só foi publicado na Internet na segunda-feira, 12.
Segue delegado
A exoneração publicada pelo governo se refere apenas ao cargo de confiança de secretário. Quanto ao de delegado, a demissão não pode ser sumária.
A punição de servidor público com a demissão, segundo a legislação, só deve ocorrer após o processo administrativo disciplinar, em que serão avaliados os atos cometidos pelo delegado e, também, ele terá a chance de se defender.
Ou seja, não é um processo rápido como a exoneração do cargo de secretário, que é apenas uma função de confiança que foi conferida a ele pelo governador Wilson Lima (PSC).
Os salários
Como delegado, Samir recebe na folha da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) o salário bruto de R$ 32,1 mil. Após os descontos, o salário líquido fica em R$ 18,7 mil.
Pela função de secretário, Samir recebia ainda um salário bruto de R$ 8,1 mil, que com os descontes caiu para R$ 6,1 mil.
No total, somando os salários líquidos de delegado e secretário, o rendimento mensal de Samir era de R$ 2,9 mil.
A investigação
A operação Garimpo Urbano aponta que agentes públicos ligados a órgão de cúpula da Segurança Pública do Estado, entre eles Samir Freira, estavam supostamente envolvidos na subtração de ouro, mediante graves ameaças dirigidas aos transportadores do recurso natural.
A investigação aponta que foi usado pessoal e expertise da Seai no monitoramento e abordagem das vítimas.
Exoneração
Em nota, no dia 9, o Governo do Amazonas informou que os agentes públicos estaduais alvos da operação seriam afastados dos cargos que ocupam e exonerados das funções.
“O Governo do Estado ressalta que condutas ilícitas de qualquer servidor público estadual não são toleradas e que vai colaborar com as investigações, prestando todas as informações necessárias aos órgãos de fiscalização e à Justiça”, ressaltou.
Histórico
Entre outros cargos na Polícia Civil do Amazonas, Samir Freire já foi titular do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e da Delegacia Especializada em Capturas e Polinter (DECP), além de coordenador do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera) e diretor do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc).
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