MANAUS – Ao lado do arcebispo de Manaus, Leonardo Ulrich, e do presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, Jonatas Câmara, o governador Wilson Lima (PSC) inaugurou na manhã desta sábado, 18, o Hospital de Retaguarda da Nilton Lins, destinado a pacientes de Covid-19.
Após 15 dias de obras, a unidade começa a funcionar com 132 leitos, sendo 32 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e cem leitos clínicos.
“Quero aqui agradecer a todos os profissionais que estiveram e que vão continuar trabalhando no Hospital Nilton Lins. Aqui vocês tem uma missão de proteger as pessoas, de fazer o atendimento a quem chega aqui vítima da Covid-19, e eu tenho aqui a responsabilidade de proteger cada um de vocês. Vocês são fundamentais nesse processo, e eu conto com vocês, com cada um de vocês para que possamos sair rapidamente dessa pandemia do novo coronavírus”, disse Wilson durante a inauguração, transmitida em live pelas redes sociais do Governo do Estado.
O hospital será referência, junto com o Delphina Aziz, para o tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus e terá capacidade para 450 leitos, que serão abertos ao longo das próximas semanas.
Com uma área construída de 30 mil metros quadrados, o local terá no seu quadro de profissionais bombeiros da área de saúde, aprovados no concurso público de 2009 e convocados em abril deste ano pelo governador Wilson Lima para reforçar o corpo técnico de médicos, enfermeiros e outros profissionais da rede estadual de saúde.
Além do Hospital de Retaguarda, o Governo do Amazonas também está ampliando o número de leitos no Hospital Delphina Aziz, que terá capacidade para 350 leitos e também vão atender exclusivamente pacientes com Covid-19.
Decisão judicial
Na quinta-feira, 16, o presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), Yedo Simões, deu 5 dias de prazo para o Governo do Amazonas apresentar o contrato de aluguel do hospital da universidade Nilton Lins por R$ 2,6 milhões.
A decisão ocorreu em análise de recurso do governo contra a decisão da 5ª Vara da Fazenda Pública, de quarta-feira (15), que sustou o pagamento integral do valor do aluguel, por considerá-lo alto e que havia outras possibilidades mais econômicas e eficientes do Executivo amazonense ampliar leitos para atendimento de pacientes de Covid-19.
Na decisão, Yedo ressalta que como a decisão da primeira instância veda apenas o pagamento do aluguel, o governo pode seguir dentro do prédio trabalhando para abrir os 400 leitos pretendidos.
Em resposta, o governo informou que vai apresentar ao TJ-AM o contrato de locação do hospital, e declarou ainda que não há irregularidade no processo e que o valor do aluguel do espaço está, segundo o poder executivo, muito abaixo de alguns investimentos feitos em hospitais de campanha em outros estados.
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