MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), disse nesta sexta-feira (1º) que não acredita que os médicos parem totalmente os serviços nas unidades de urgência e emergência da capital. Mas caso aconteça, ele afirma que o governo estaria com um plano de ação pronto, que considera entre as medidas o atendimento da população em hospitais particulares.
“Hospitais particulares, fornecedores para outros serviços que possam parar. A gente já montou essa estrutura caso a gente tenha a paralisação”, declarou o governador, durante evento de lançamento do Ano Letivo de 2019, em Manaus.
Wilson afirmou que o estado liberou nesta sexta-feira o pagamento de R$ 58 milhões a empresas e fornecedores, e que pelo diálogo que o governo mantém com empresários e trabalhadores, não acredita que haverá paralisação dos serviços. Segundo ele, seja qual for o cenário, a população não será prejudicada.
“Já criamos uma retaguarda para que a população não fique desassistida. Os serviços vão continuar acontecendo. Nós não vamos colocar a vida das pessoas em risco. Temos retaguarda, no caso de paralisação, que eu acho que não vai acontecer, dado as nossas negociações, o canal de diálogo aberto com os fornecedores, com a Assembleia Legislativa, que já está nos ajudando nesse sentido”, disse Wilson.
Só emergência
Protestando por repasses contratuais atrasados desde setembro de 2018, médicos sócios de empresas médicas, que atuam em prontos-socorros, decidiram atender nesta sexta-feira (1º) apenas casos de urgência e emergência. Pacientes de menor gravidade, sem risco de morte, são encaminhados para unidades de menor complexidade, como Serviços de Pronto Atendimento (SPA).
De acordo com Wilson, nos próximos cinco dias, o governo pagará R$ 100 milhões a empresas e fornecedores que atuam na saúde. “Já foram liberados R$ 58 milhões para pagamentos desses profissionais. Mais R$ 13 milhões estão em análise. E nos próximos cinco dias deveremos pagar algo em torno de R$ 100 milhões. A população pode ficar tranquila com relação a isso, porque estamos monitorando de perto”, disse o governador.