MANAUS – Na tribuna da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (29), o deputado Silas Câmara (PRB) disse que a imprensa nacional fez “um alarde fora do comum” ao noticiar a invasão de uma caravana garimpeira no Baixo Rio Madeira na última semana. A cena das centenas de balsas de exploração ilegal de ouro a apenas 120 quilômetros de Manaus percorreram o mundo.
“A verdade é, senhores e senhoras congressistas, com vistas que o Amazonas, mais precisamente no rio Madeira, tem cerca de 8000 unidades daquelas ferramentas que não são apenas balsas para extração mineral extrativista, artesanal ou domiciliar naquele rio, mas é principalmente, meus queridos congressistas, casas que na nossa região é muito natural as famílias morarem daquela forma”, disse.
O que aconteceu nos últimos dias foi que ausência do estado brasileiro na hora de fazer conciliação, fazer grupo de trabalho para uma atividade de extrativismo mineral artesanal que já foi regularizada naquela região e funcionou muito bem, [o estado] agrediu moradores daquela região colocando fogo em suas residências flutuantes da maioria deixando família à beira, senhor presidente, do rio Madeira, abandonada, fazendo um verdadeiro terrorismo, o que deveria ser na verdade um encontro conciliatório e quem sabe regularizar definitivamente atividade que um dia já foi regularizado”, defendeu.
Segundo o deputado, a atividade ilegal movimenta cerca de 30% da economia da região, ou 70 mil pessoas.
Silas defendeu que a intervenção seja feita de forma inteligente, “que respeite as vidas, que respeite a economia, que respeite a característica do local e principalmente tenha misericórdia de quem já não tem o que fazer para sustentar suas famílias e tem nessa atividade sua única forma de subsistência e de sobrevivência”.
Ele fez um apelo ao presidente Jair Bolsonaro, um dos principais defensores da garimpagem, que Silas diz acreditar que “nem sabe o que tá acontecendo lá na calha do rio Madeira”.