MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), afirmou na quinta-feira, 19, durante entrevista à rádio Difusora, que a Polícia Militar do estado executou 17 pessoas para proteger a facção criminosa Família do Norte (FDN) na noite do dia 29 de outubro e a madrugada seguinte. Na ação, nenhum policial saiu ferido.
A declaração de Arthur foi destaque em reportagem da Folha de São Paulo. No episódio no bairro do Crespo, membros da facção criminosa Família do Norte (FDN) tomaram, sem troca de tiros, uma “boca de fumo”, que pertencia ao Comando Vermelho (CV), facção rival da FDN.
“Não morreu ninguém (da polícia) porque eles atacaram pelas costas. Eram garotinhos ali. O grave: era uma equipezinha que tinha sido contratada pelo CV, e o pessoal foi lá muito mais para defender a Família do Norte. A esse ponto estamos chegando aqui”, disse Arthur segundo reportagem da Folha.
Procurada pela reportagem da Folha de São Paulo, a PM-AM avaliou que Arthur fez uma acusação “desrespeitosa e desprovida de verdade”.
“O prefeito faz ilações e não apresenta fatos concretos ao afirmar que policiais do 2º Batalhão de Choque Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) protegem e defendem integrantes de um grupo criminoso local”, diz o comunicado.