RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Fiocruz espera começar a produzir no início do ano que vem e disponibilizar até março de 2021 a vacina contra Covid-19 resultado de uma parceria com a AstraZeneca, segundo a presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima.
A parceria com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford e a encomenda tecnológica para produzir a imunização já foram firmadas. Para se tornar realidade, a vacina ainda depende de aprovação e certificação da Agência de Vigilancia Sanitaria (Anvisa).
“Nossa expectativa é encaminhar todo esse processo da vacina que precisa ter a validação da pesquisa (até o primeiro trimestre). Entre os meses de janeiro e fevereiro estaremos na produção”, disse a presidente da Fiocruz a jornalistas ao se referir à vacina da AstraZeneca, em um cerimônia de inauguração de uma pira em homenagem aos mortos por Covid-19.
Ela só será apagada quando houver vacina ou remédio contra a doença e foi instalada no Cemitério da Penitência, na região portuária do Rio.
“Temos toda a esperança que possamos ter no primeiro trimestre de 2021 esse processo de imunização como um dos instrumentos importantes para lidar com essa pandemia“, adicionou.
A Anvisa vai acompanhar todo o processo de produção da vacina o que deve agilizar a aprovação da utilização. O início da produção estava previsto inicialmente para dezembro deste ano.
Em paralelo à parceria com a AstraZenec, a Fiocruz realiza testes com animais para desenvolver a própria vacina contra a doença. Esses testes têm sido bem-sucedidos, segundo a Nísia Lima, e devem ser ampliados em breve.
“Estamos trabalhando diariamente com mais força do que nunca para oferecer uma esperança que venha da ciência“, disse ela.
A Fiocruz acredita que a vacina contra a Covid-19 terá vários fornecedores para atender uma população global de bilhões de pessoas.