Da Redação |
O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), disse nesta terça-feira (14), em Nova York (EUA), que a exploração de potássio em Autazes (a 112 quilômetros de Manaus) será a “operação mais verde do mundo”.
“Com relação ao potássio, estamos avançando para que essa seja a operação mais verde do mundo. É importante para mudar a realidade de quem mora em Autazes, de quem mora no Amazonas”, disse Wilson.
A declaração foi dada durante o encontro do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), que se propõe a tentar atrair negócios e e investimentos no Brasil.
A manifestação de Wilson ocorre também no mesmo dia em que o MPF anunciou que ingressou na Justiça pedindo a suspensão das licenças que o Governo do Amazonas emitiu para a empresa Potássio do Brasil instalar sua mina de exploração do minério.
Segundo o governador, a mina em Autazes será instalada em uma área de pastagem, o que elimina a necessidade de novos desmatamentos.
Outro fator que vai diminuir a emissão de gases poluentes, segundo Wilson, é que a produção em Autazes vai encurtar a distância no transporte do produto até o mercado consumidor brasileiro.
Atualmente, a totalidade do potássio utilizado para a produção de fertilizantes que abastece o agronegócio brasileiro vem do leste europeu e do Canadá.
“A previsão é emitir até 80% menos de gases do efeito estufa que outros países no transporte e produção do minério”, informa o Governo do Amazonas.
Para o MPF, pelo impactos que a atividade da mina devem causar em terras indígenas, as licenças deveriam ser emitidas pelo IBAMA.
O MPF também questiona a lisura da consulta feita pela empresa junto ao povo Mura que mora na região, que é uma obrigação para exploração mineral em terras indígenas.