MANAUS – Ao anunciar que o Governo do Amazonas abrirá mais 85 leitos Covid-19 (43 clínicos e 42 de UTI), o governador Wilson Lima (PSC) afirmou nesta segunda-feira (27) que o Estado não descarta montar um novo hospital de campanha para atender pacientes da doença.
No entanto, segundo Wilson, o governo estadual não vê isso como uma necessidade para agora, mas mantém tratativas com o governo federal para uma eventual abertura de uma nova unidade de retaguarda.
“Existe a possibilidade de a gente abrir um hospital de campanha. A gente já começou a discutir essa possibilidade. Mas essa é uma possibilidade que a gente ainda vê muito remota. Pode ser que aconteça, a gente não descarta essa possibilidade”, disse o governador, ao responder um questionamento sobre a eventual reabertura do Hospital da Nilton Lins, que foi desativado no início de julho.
“E (a abertura da unidade de retaguarda) é algo que a gente está estudando o governo federal, que em algum momento já havia oferecido para a gente a possibilidade de que houvesse um hospital de campanha aqui montado pelo governo federal. Então, a gente vislumbra sim essa possibilidade”, completou.
As declarações foram dadas no fim da manhã, após uma reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, na sede do governo, Zona Oeste de Manaus. Na ocasião, Wilson também anunciou a prorrogação por 30 dias do decreto que suspende o funcionamento de bares, casas de show e flutuantes.
Conforme o governador, nas últimas semanas houve um aumento de casos e das hospitalizações por Covid-19, sobretudo por eventos das campanhas eleitorais e pela antecipação do período de chuvas, que acarreta em um aumento de casos de síndromes gripais.
O hospital referência para Covid-19 no Amazonas, o Delphina Aziz, na Zona Norte de Manaus, chegou perto de alcançar sua capacidade máxima nos últimos dias. No interior, porém cerca de 95% dos leitos de UCI para Covid-19 estão vazios. Segundo o governo, há hospitais e leitos de UCI em 100% dos municípios.
Internações
Entre os casos confirmados de Covid-19 no Amazonas até esta segunda-feira (26), há 18.749 pessoas com o vírus ativo. Destas, 359 estão internadas, sendo 252 em leitos clínicos (51 na rede privada e 201 na rede pública), 96 em UTI (52 na rede privada e 44 na rede pública) e 11 em sala vermelha na rede pública, que é a estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos/graves para posterior encaminhamento a outros pontos da rede de atenção à saúde.
Há ainda outros 48 pacientes internados considerados suspeitos de Covid-19 e que aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses, 32 estão em leitos clínicos (19 na rede privada e 13 na rede pública), 16 estão em UTI (12 na rede privada e quatro na rede pública).