MANAUS – A imprensa nacional dá como certa a existência de uma nova crise militar gerada após a participação do ex-ministro Eduardo Pazuello em uma “motociata” no Rio de Janeiro em apoio ao presidente Jair Bolsonaro neste domingo (23).
Os grandes jornais noticiam por meio de colunistas informações de bastidores dando conta do mal estar na cúpula do Exército gerado pela presença de Pazuello, que é general da ativa, em um ato político, ainda mais no momento em que ele está no alvo de senadores na CPI da Pandemia.
O site Congresso em Foco, um dos veículos mais respeitados na cobertura política em Brasília, crava que a medida a ser tomada pelo comando do Exército será transferir Pazuello para a reserva por descumprimento da legislação militar.
“De acordo com o artigo 45 do Estatuto Militar, oficiais da ativa não podem participar de atos políticos. Portanto, Pazuello deve ser punido, mas a decisão é delicada porque o presidente da República pode reverter a definição de Paulo Nogueira (comandante-geral) e gerar uma crise com os militares”, observa o site.
O ex-ministro e ainda general da ativa prestou depoimento na CPI na última semana e deve ser reconvocado nos próximos dias, já há requerimentos para nova oitiva do militar. Na manhã deste domingo, ao participar do ato pró-Bolsonaro, Pazuello apareceu sem máscara e descumprindo regras de distanciamento social.
Na semana passada, questionado sobre qual sua posição sobre medidas de distanciamento, Pazuello afirmou: “Deveríamos fazer medidas de distanciamento sempre que possível”. Ele também se desculpou por aparecer sem máscara em um shopping de Manaus.