MANAUS – O ex-superintendente da Suhab, coronel PM Nilson Cardoso, foi à Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) nesta quinta-feira (24) explicar o contrato que ele firmou no final da gestão do governador interino David Almeida (PSB) com a empresa Ezo Soluções Interativas.
Segundo o ex-superintendente, a empresa foi contratada para identificar valores devidos pelo Governo Federal ao Amazonas. E que pelos termos do contrato, só receberia pelo serviço quando a União pagasse a dívida com o Estado.
“O Estado não perdeu nenhum centavo. O Estado não pagou nenhum centavo. Só pagaria a empresa se o Governo Federal restituísse o valor devido ao Estado do Amazonas”, declarou Nilson.
O contrato é alvo de investigação do Ministério Público Estadual (MP-AM) e do próprio Governo do Amazonas. A gestão de Amazonino Mendes (PDT) lança suspeitas sobre a intenção do contrato, e sustenta que não pagará a empresa.
De acordo com o governo, a Ezo alega ter direito a R$ 5,4 bilhões. O valor é referente a 20% do montante que a empresa diz ter localizado como dívida do Governo Federal com Estado.
“Isso não foi feito porque o Governo Federal não reconheceu ainda esta dívida, nem o valor real, porque a atual administração sequer ainda procurou a Caixa Econômica, para reaver esse seguro habitacional, que a Suhab tem direito a recuperar”, declarou Nilson.
Nilson foi à ALE-AM a convite do deputado Sabá Reis (PR), aliado de David Almeida. “Eu espero que os meus colegas deputados tenham compreendido. O Nilson falou aqui que esta empresa é especialista nesse tipo de tratativa e se o governo recebesse R$ 10, ela teria direito a R$ 2”, disse Sabá.
A dívida é referente a valores do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) retidos na Caixa Econômica Federal (CEF) desde a década de 1960/L.P.