MANAUS – A ex-primeira-dama Nejmi Aziz (PSD) deixou na tarde deste domingo (21) o Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) em Manaus.
Nejmi foi presa na sexta-feira (19) na operação Vertex, desdobramento da operação Maus Caminhos, que investiga desvios de recursos públicos do setor de Saúde no Amazonas.
A ex-primeira-dama saiu da cadeia depois de conseguir um habeas corpus da desembargadora Maria do Carmo Cardoso, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF 1), em Brasília.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap), o alvará de soltura de Nejmi foi cumprido no final da tarde.
Na decisão, a desembargadora concordou com um dos argumentos da defesa de Nejmi, que foi o de que não há fundamentos para afirmar que, em liberdade, a ex-primeira-dama pode atrapalhar as investigações. Como por exemplo, destruir provas.
“Os fundamentos apresentados na decisão impugnada não revelam a imprescindibilidade da prisão temporária, não se prestando para tanto alegações genéricas de que se visa evitar ‘eventual destruição de provas ou outros embaraços às diligências policiais'”, escreveu a desembargadora em um trecho da decisão.
Maria do Carmo negou o pedido da defesa de suspender o inquérito contra Nejmi.
Nejmi foi casada com o senador e ex-governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD).
Além dela, foram presos na mesma operação três irmãos de Omar, Amin, Murad, Mansour Aziz. O senador também é investigado no caso.
Segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF), há indícios de que Omar, os irmãos, e Nejmi participaram do esquema de corrupção que desviou recursos estaduais e federais destinados à Secretaria de Estado de Saúde (Susam).
Os crimes teriam sido praticados entre os anos de 2014 e 2016.
A operação Maus Caminhos foi deflagrada em setembro de 2016, e já levou um ex-governador para a cadeia, José Melo.
Na sexta, Omar foi alvo de mandados de busca e apreensão. A Justiça Federal o proibiu de fazer contato com outros investigados e de deixar o país.
A decisão: