MANAUS – O líder do prefeito de Manaus na Câmara Municipal (CMM), Marcel Alexandre (PHS), criticou o ministro Dias Toffoli (presidente do STF), que derrubou a autorização da Prefeitura do Rio de Janeiro de censurar obras na Bienal do Livro do Rio.
Para o parlamentar, que é da bancada evangélica, a decisão do ministro foi “absurda” e a obra em questão “é pornografia”.
“É pornografia. Aí a nossa Suprema Corte entra e dá uma sentença absurda daquela? Venho nesta manhã protestar em nome da família pelo que se decidiu ali”, disse o vereador.
“Queima ou não queima?”
O parlamentar disse que é preciso se posicionar contra os rumos que, para ele, a sociedade está caminhando. “Agora é brincadeira normal perguntar se queima ou não queima. E não se assustem se alguém perguntar se nas nossas cortes a coisa tá queimando ou não tá queimando”, afirmou Marcel.
Popularmente, a expressão “queima ou não queima?” é usada de forma pejorativa para indagar sobre a preferência sexual de um homem por indivíduo do mesmo sexo.
Obra criticada
Na decisão, Toffoli disse que o “regime democrático pressupõe um ambiente de livre trânsito de ideias” e que a imagem do beijo entre dois super-heróis homens na HQ “Vingadores – A Cruzada das Crianças” não afronta o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, e, portanto, não justifica que as obras sejam lacradas e recolhidas.