MANAUS – Questionado sobre o que o diferencia de Amazonino Mendes (PDT), uma vez que nasceu politicamente no mesmo grupo, o senador Omar Aziz (PST) disse que diferente do governador e “de muitos outros”, ele cumpre o que promete. “Eu cumpro o que prometo. Isso me diferencia dele (Amazonino) e de muitos outros que estão aí”, declarou o senador, que convocou a imprensa na tarde desta quinta-feira (5) para confirmar que é pré-candidato ao Governo do Amazonas.
Durante as respostas à imprensa, Omar repetiu por várias vezes que governou apenas por um mandado, diferente de seus antecessores, mas que fez muito nos quatro anos. O discurso dá pista sobre o tom que dará a sua campanha, caso seja confirmada, que será o de comparar seu governo com os demais. Antes de Omar, Eduardo Braga (MDB) tinha governado o Estado por dois mandatos, e Amazonino por três ocasiões.
“Eu tive a oportunidade de ser governador por apenas quatro anos, e se fizer comparativos com outros que tiveram oportunidade de ser governador por mais anos do que eu, tenho certeza absoluta que o meu saldo (é) positivo em políticas públicas para a juventude, para as crianças, para as mulheres, sempre a prioridade foi levar programas que ajudassem as pessoas a terem uma qualidade de vida melhor”, disse o pré-candidato.
Apoio de Arthur Neto
Omar foi questionado sobre a possibilidade de sua candidatura, caso confirmada, ter o apoio do prefeito de Manaus Arthur Neto, do PSDB. O senador disse que trata-se de um apoio importante, mas entenderá se o aliado escolher outro caminho. O político lembrou que a relação com a Arthur vai além da carreira política, referindo-se a amizade que ele tinha com o pai do prefeito, Arthur Virgílio Filho.
“Minha relação com o prefeito Arthur é muito antiga. É uma relação de amigos. Ele tem um partido político, tem toda liberdade, toda autonomia como líder político no Estado do Amazonas de escolher as alianças. Independente se vai me apoiar, ou não me apoiar, a minha relação pessoal com ele vai continuar a mesma”, disse o senador.
Acordo desfeito
Na eleição suplementar de 2017, Omar foi um dos avalistas da candidatura de Amazonino. Nos bastidores, comentasse que ambos fizeram um acordo de que uma vez eleito, Amazonino não disputaria a reeleição, abrindo caminho para Omar retornar ao cargo de governador. Como isso não aconteceu, os dois romperam. /L.P.