MANAUS – O governador Wilson Lima, nesta quinta-feira (25/03), inaugurou a nova Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIn) da maternidade Balbina Mestrinho, na zona sul. Com o novo espaço, o número de leitos está sendo ampliado, de 10 para 24, e a unidade vai mais que dobrar a capacidade de atendimento, passando de 143 para 360 bebês por mês.
A ampliação faz parte da reestruturação da rede materno-infantil do Estado contemplada no programa Saúde Amazonas, por meio do projeto “Renasce Amazonas – Maternidades”.
“Nós estamos aqui mais do que duplicando a oferta de atendimento àquelas crianças que nascem prematuras, com o objetivo de garantir maior atendimento neonatal e também materno, diminuindo um índice que ainda é muito preocupante aqui no estado do Amazonas, que é a mortalidade infantil”, disse o governador.
Wilson Lima destacou que, muito mais que leitos, o novo espaço dará melhor suporte à vida e proporcionará um menor tempo de permanência de bebês na UTI.
“Esse é um compromisso que o Governo do Estado do Amazonas tem nesse momento tão importante na vida de uma mulher, que é o parto. Então nós estamos trabalhando para dar dignidade a essas pessoas, para garantir toda a assistência necessária para que essas crianças nasçam saudáveis e que, também, a mãe tenha todo esse amparo na área de saúde que o Estado pode oferecer”, declarou.
Parceria – A nova UTIn da maternidade Balbina Mestrinho é fruto de parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM); o Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS), que destinou os recursos; e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Região Metropolitana de Manaus (Seinfra), responsável pela obra.
O espaço conta com um posto de enfermagem, sistema de climatização revitalizado, vestiários, banheiros, recepção e salas para coleta de leite, esterilização e conforto médico. Também ganhou equipamentos novos e mais modernos, mobiliário e camas novas e teve o quadro de recursos humanos ampliado.
Alta complexidade – Os novos leitos na UTI neonatal da Balbina Mestrinho asseguram assistência de alta complexidade aos bebês que nascem prematuros na capital e no interior. “O Balbina Mestrinho é uma unidade de referência na área principalmente de partos prematuros e de alto risco. A gente tem uma deficiência nessa área, histórica, de décadas, nós estamos resgatando isso, dando melhores condições à rede”, ressaltou o secretário da SES-AM, Marcellus Campêlo.
Com a modernização, a Balbina Mestrinho migra de unidade de médio para longo porte. “A Secretaria de Estado de Saúde está investindo em equipamentos com uma tecnologia melhor e, com isso, diminui o tempo de permanência dos bebês aqui. Há também um investimento em recursos humanos, nas equipes, enfim, a sociedade amazonense ganha, porque hoje a alta complexidade, que é uma necessidade vigente, vai ter uma melhor atenção especializada”, disse a diretora da maternidade, Rafaela Faria.
A nova UTIn está inserida no projeto de revitalização do complexo neonatal da Balbina Mestrinho, composto por UTIs e Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs). Em novembro de 2020, quando foi entregue pelo governador Wilson Lima, a UCI Neonatal Convencional (Ucinco) teve uma ampliação de 140%, saindo de 20 para 48 leitos nos dois setores.
O FPS fez um aporte de R$ 1,6 milhão para as três etapas do projeto. “Nós sabemos que a saúde tem sido o maior projeto, é o projeto prioritário do Governo. Com isso, o Fundo entrou nessa parceria com a SES, para que nós pudéssemos financiar esse projeto para que essa obra fosse concluída”, disse a secretária executiva do FPS, Kathelen Santos.
‘Renasce Amazonas Maternidades’ – As sete maternidades estaduais passarão por melhorias que vão de obras de reforma e ampliação de leitos ao aumento de recursos humanos, aquisição de equipamentos, entre outras mudanças que vão ajudar o Estado a melhorar os índices de mortalidade materna e neonatal.
A rede materno-infantil, composta por sete maternidades em Manaus, possui 824 leitos. Desses, 357 são leitos de enfermaria, 68 UTI Neonatal, 23 UTI materna, 64 Ucinco, 50 Ucinca, 55 Unidades de Gravidez de Alto Risco, 51 salas de pós-parto, 20 de reanimação neonatal e 18 de centro cirúrgico obstétrico (CCO).