MANAUS – A deputada Nejmi Aziz (PSD) solicitou da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) nesta segunda-feira (4) a renovação da sua licença médica por mais 30 dias. A informação foi confirmada ao ESTADO POLÍTICO pela assessoria da parlamentar, que está afastada desde 3 de agosto.
Em nota, a assessoria da deputada informou que Nejmi segue em tratamento de saúde para doença autoimune, iniciado no fim de julho, “impossibilitada de retornar ao trabalho e qualquer atividade laboral”. “Por este motivo apresentou à Assembleia Legislativa do Amazonas atestado médico de 30 dias, a contar a partir da data de hoje, 04 de outubro de 2021, para dar continuidade em seu tratamento de saúde”, informou.
Conforme o artigo 25 da Constituição do Amazonas, os deputados estaduais podem se licenciar por até 120 sem a necessidade que um suplente ocupe o seu lugar – neste caso seria o terceiro suplente da coligação, pastor Antônio Alves, do Republicanos.
Primeira suplente da coligação Amazonas com Segurança I (PSD, DEM e Republicanos), a ex-primeira dama, herdou a vaga na ALE-AM deixada por Augusto Ferraz (DEM), que foi eleito prefeito de Iranduba. Ela tomou posse em 1º de janeiro deste ano e estreou na tribuna do Parlamento 18 dias depois.
Saiba mais
Uma doença autoimune se caracteriza pelo mau funcionamento do sistema imunológico, levando o corpo a atacar os seus próprios tecidos. Ainda não se sabe o que desencadeia as doenças autoimunes e os sintomas variam de acordo com a doença e a parte do corpo afetada.
Sobre Nejmi
Em seu curto mandato, Nejmi mostrou alinhamento com o governo de Wilson Lima (PSC).
Nejmi é esposa do senador Omar Aziz (PSD), que atualmente preside a CPI da Pandemia no Senado.
Alvo da operação Maus Caminhos, Nejmi foi presa duas vezes em 2019. Ela é suspeita de ter recebido dinheiro da organização criminosa comandada por Mouhamad Moustafa, condenado por desvios de recursos da Saúde do Amazonas. A deputada nega envolvimento no esquema.
Em 2018, ela teve 19.959 votos, mais que sete dos 24 deputados estaduais eleitos na ocasião e só não entrou para a ALE-AM por falta de quociente eleitoral da coligação.