MANAUS – Em reuniões com secretários esta semana, o prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), deu ordem para que seus assessores reduzam orçamentos e folhas das secretarias.
De acordo com pessoas que participaram das reuniões, o corte no orçamento das secretarias pode ir de 30% a 35%. E nenhuma pasta será poupada. As demissões são aguardadas para o mês de junho.
No dia 12 de março, um dia antes da confirmação do primeiro caso do novo coronavírus no Amazonas, a Prefeitura de Manaus divulgou um texto à imprensa informando que o prefeito se preparava para os efeitos negativos da pandemia nas finanças do município.
No texto, a prefeitura já acenava com a necessidade de corte de gastos.
“[…] o prefeito de Manaus determinou que sua equipe econômica elabore um novo planejamento de corte de gastos, o qual chamou de um pesado contingenciamento. Ele fez questão de enfatizar que os cortes nada têm a ver com o pacote de obras da prefeitura e que se trata de um combate à possível ameaça de queda na arrecadação”, dizia trecho do texto da Secretaria de Comunicação do Município (Semcom).
“Nós estamos nos precavendo e fazendo a projeção de um grande contingenciamento de receitas no orçamento, que não afetará em nada nossas obras. Essas continuarão de vento em popa, pois o dinheiro está todo preservado e à disposição efetiva da prefeitura. Mas vamos fazer um plano de corte de gastos, mantendo somente o essencial e preservando integralmente as possibilidades da Secretaria de Saúde. Queremos manter uma relação de receita corrente líquida pessoal, que esteja respeitavelmente dentro do que prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse Arthur, segundo a Semcom, no dia 12 de março.
Na ocasião, o prefeito teria dado prazo de uma semana para a equipe econômica do município apresentar um planejamento econômico.